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10 de outubro de 2025 16:57

Alagoas discute possíveis impactos ambientais da atividade comercial de estocagem de gás natural

Alagoas discute possíveis impactos ambientais da atividade comercial de estocagem de gás natural

Os principais riscos estão ligados à poluição do ar e perda de parte da fauna; diagnóstico apontou, no entanto, que são riscos raros e baixos
Foto: Divulgação

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e a empresa Origem Energia realizaram nesta quinta-feira (20) uma audiência pública sobre a atividade comercial de estocagem de gás natural nos reservatórios do Campo de Pilar, no sertão alagoano, com o objetivo de avaliar os possíveis impactos ambientais da atividade. 

O responsável pelo diagnóstico de impacto ambiental pela consultoria Mais Ambiental, contratada da Origem, Tairo Fonseca, afirmou no evento que os principais riscos estão associados à emissão de poluentes no ar e supressão de parte da fauna. “São riscos raros e baixos, dado o investimento que estamos vendo e a tecnologia que deve ser usada, mas está posto esse potencial”, afirmou. 

Os principais ganhos da atividade de estocagem de gás estão ligados à geração de empregos, em especial empregos para a população da região, e à injeção de investimentos no estado de Alagoas. 

“A parceria com a Origem, já desde as antigas gestões, só nos têm sido frutífera. Agora, esperamos que com a atividade comercial de fato, essa parceria se estreite, e a geração de emprego seja robusta como prevíamos”, afirmou a prefeita de Pilar, Fátima Rezende. 

O seminário ressaltou que a estocagem de gás natural já é feita hoje no Campo de Pilar. A partir dos trabalhos da Origem em concessão com o Governo de Alagoas, o que se inicia é justamente a atividade comercial de estocagem, com comercialização para empresas e governos que desejam garantir suficiência e créditos de energia. 

Gás natural deve ser alternativa aos apagões energéticos

O projeto possui capacidade inicial de estocagem prevista em 106 milhões de m³/ano de gás natural, podendo chegar a 500 milhões de m³/ano. Desde 2021, a Origem Energia adquiriu a concessão do Polo Alagoas. 

A abrangência do Polo envolve os municípios de Boca da Mata, Campo Alegre, Coqueiro Seco, Coruripe, Feliz Deserto, Jequiá da Praia, Marechal Deodoro, Pilar, Rio Largo, Roteiro, Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos e Satuba, com estrutura de ativos para a produção estratégica de gás no estado.

A iniciativa vem como mais um dos desdobramentos da Nova Lei do Gás, vigente no Brasil desde 2021. O processo de estocagem é fundamental para balancear as curvas de produção e consumo de gás natural e sua consolidação contribuirá para a redução da dependência do Brasil sobre a molécula importada.

No contexto de desenvolvimento do mercado de gás, o projeto pretende suprir a produção da molécula nacional e pode incentivar a entrada de novos fornecedores e consumidores do insumo no país. 

“A estrutura também possibilita que as moléculas de gás sejam armazenadas em períodos de baixa demanda e disponibilizada em picos de consumo de energia, evitando, por exemplo, os apagões energéticos”, explicou Daniele Carmos, gerente do projeto no Campo de Pilar pela Origem. 

Projetos similares são comuns nos Estados Unidos e Europa, onde a estratégia de estocagem é utilizada para garantir segurança e flexibilidade do sistema energético. No hemisfério sul, a atividade ainda é incipiente, e, no Brasil, o Campo de Pilar é a primeira iniciativa comercial na área. 

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