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16 de outubro de 2024 12:20

Bolsas despencam, e petróleo sobe acima de US$ 105 pela 1ª vez desde 2014

Bolsas despencam, e petróleo sobe acima de US$ 105 pela 1ª vez desde 2014

Estados Unidos e a Europa prometeram sanções mais duras à Rússia em resposta


Por UOL SP

Os preços do petróleo dispararam nesta quinta-feira (24) após a Rússia invadir a Ucrânia por terra, ar e mar, o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O brent subiu acima de US$ 105 o barril pela primeira vez desde 2014. O conflito também derrubou as bolsas da Ásia e do Pacífico.

Os Estados Unidos e a Europa prometeram sanções mais duras à Rússia em resposta.

Se as sanções afetarem transações de pagamento, os bancos russos e possivelmente também o seguro que cobre as entregas russas de petróleo e gás, interrupções no fornecimento não podem ser descartadas”, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

Petróleo

O preço do petróleo, que já vinha em alta em meio à tensão geopolítica, ultrapassou a marca de US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos, desde setembro de 2014. Às 5h10 (de Brasília), o barril de Brent subia 6,01%, a US$ 102,60, enquanto o petróleo bruto dos EUA (WTI) avançava 5,39%, a US$ 97,14.

Às 7h45 (horário de Brasília), o petróleo brent subia US$ 8,24 dólares, ou 8,5%, para US$ 105,08 o barril. O petróleo WTI saltava US$ 7,78, ou 8,5%, para US$ 99,88. São os níveis mais alto desde agosto e julho de 2014, respectivamente.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e o segundo maior exportador de petróleo. Devido aos baixos estoques e à diminuição da capacidade ociosa, o mercado de petróleo não pode arcar com grandes interrupções no fornecimento”
Giovanni Staunovo, analista do UBS.

UBS.

“As preocupações com a oferta também podem estimular a atividade de estocagem de petróleo, o que sustenta os preços.”

A Rússia também é o maior fornecedor de gás natural para a Europa, atendendo a cerca de 35% de sua oferta.

Bolsas

As Bolsas de Valores da Ásia e da região do Oceano Pacífico despencaram nesta quinta-feira (24), puxadas pelo início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em meio a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Veja o desempenho de alguns dos principais índices asiáticos e do Pacífico:

  • S&P BSE Sensex, na Índia: -4,72%
  • Hang Sang, em Hong Kong: -3,21%
  • ASX All Ordinaries, na Austrália: -2,95%
  • KOSPI, na Coreia do Sul: -2,6%
  • Nikkei 225, no Japão: -1,81%
  • SSE Composite, na China: -1,7%
  • Jakarta Composite, na Indonésia: -1,48%
  • 48%

“As tensões russo-ucranianas provocam um possível choque de demanda [na Europa] e um choque maior no abastecimento para o restante do mundo, em vista da importância da Rússia e da Ucrânia para [o setor de] a energia”, declarou Tamas Strickland, do National Australia Bank.

Europa também sofre

As Bolsas de Valores da Europa também operam em baixa na sessão. Pouco antes das 10h (de Brasília), as perdas dos principais índices do continente chegavam a mais de 5%, a depender do país. Neste momento, algumas das maiores quedas são registradas em:

  • Helsinki (OMX), na Finlândia: -5,31%
  • Frankfurt (DAX), na Alemanha: -5,28%
  • Dublin (ISEQ), na Irlanda: -5,08%
  • Paris (CAC 40), na França: -4,89%
  • Madri (MADX), na Espanha: -4,43%
  • Londres (FTSE 100), na Inglaterra: -3,34%

Tombo no mercado russo

As Bolsas de Valores de Moscou e São Petersburgo, na Rússia, suspenderam as operações para todos os tipos de negociação, “até novo aviso”. Antes da interrupção, a primeira (MOEX) tombava mais de 30%.

Paralelamente, o Banco Central da Rússia decidiu intervir no mercado de câmbio após o rublo atingir sua mínima histórica em relação ao dólar. Por volta das 6h20 (horário de Brasília), o dólar subia a 85,22 rublos, alta de quase 5% frente ao valor de fechamento na véspera (81,19 rublos). Antes disso, a moeda americana chegou a superar os 90 rublos.

Ataque à Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi à TV na madrugada desta quinta (horário de Brasília) para dizer que faria uma “operação militar especial” no Donbass, a área de maioria russa no leste da Ucrânia.

Seu comando militar, porém, confirmou que “armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas”.

Posteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou em discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. Ele também adotou lei marcial em todo o território ucraniano — uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando e colocando em vigor leis militares.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar da Rússia na Ucrânia, que definiu como “não provocada e injustificada”. Para o americano, Putin escolheu uma “guerra premeditada” e “que trará uma perda catastrófica”.

“A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia”, disse Biden em comunicado enviado à imprensa.

*Com informações da AFP e Reuters

 

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