O crédito de carbono foi um dos principais destaques da Intersolar Summit Brasil Nordeste, evento que reuniu especialistas e empresários do setor de energia verde durante os dias 23 e 24 de abril, em Fortaleza. Entre os temas debatidos, foi destaque o chamado “carbono azul”, termo para o carbono capturado por alguns ecossistemas marinhos.
A partir da restauração de mangues e o reflorestamento de áreas costeiras capazes de capturar o carbono presente na atmosfera. A partir dessas ações, podem ser gerados “créditos de carbono”, certificados que atestam a redução de gás carbônico na atmosfera e, por isso, possuem um alto valor no mercado internacional. Isso acontece porque países que não conseguiram atingir metas de diminuição de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa passaram a comprar esses certificados para atestar seu compromisso com a sustentabilidade e atingir metas propostas em acordos internacionais.
O Nordeste, atualmente um dos principais players mundiais no mercado de energia sustentável, pretende, a partir do comércio de créditos de carbono, aumentar sua renda a partir de uma economia sustentável. O Brasil, mesmo sendo o sexto maior emissor de carbono, representa apenas 3% das emissões globais, portanto, existe ainda um grande potencial de aumento nesse mercado de créditos de carbono no país, especialmente no Nordeste.