O Rio Grande do Norte alcançou desempenho expressivo no comércio exterior em setembro de 2025, acumulando superávit de US$ 404,9 milhões entre janeiro e setembro. A corrente de comércio – soma de exportações e importações – ultrapassou US$ 1 bilhão no período, com US$ 729,6 milhões em exportações e US$ 324,7 milhões em importações, segundo análise da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SEDEC/RN).
Somente em setembro, o estado movimentou US$ 105,8 milhões, resultado de US$ 77 milhões em exportações e US$ 28,8 milhões em importações, gerando saldo positivo de US$ 48,2 milhões no mês.
As exportações potiguares foram lideradas pelo bulhão dourado para uso não monetário (US$ 23,6 milhões), seguido por melancias frescas (US$ 16,9 milhões), melões frescos (US$ 15,4 milhões), óleos combustíveis (US$ 5,5 milhões) e rolamentos de esferas (US$ 1,9 milhão). Juntos, esses produtos representaram 82,2% do total exportado, evidenciando a diversificação das cadeias produtivas, com destaque para fruticultura e mineração.
O Canadá liderou as compras com US$ 24,1 milhões, seguido pelos Países Baixos (US$ 23,7 milhões), Reino Unido (US$ 12 milhões), Espanha (US$ 2,7 milhões) e México (US$ 2 milhões). Esses cinco países responderam por 83,7% das exportações potiguares em setembro.
Nas importações, os principais itens foram trigos e misturas (US$ 3,8 milhões), caldeiras aquatubulares (US$ 3,2 milhões), coque de petróleo (US$ 1,7 milhão), redutores e caixas de transmissão (US$ 1,4 milhão) e produtos de aço (US$ 993,3 mil), somando 37% do total. A China liderou como fornecedora com US$ 12,7 milhões, seguida por Argentina (US$ 5,4 milhões), México (US$ 1,8 milhão), Alemanha (US$ 1,5 milhão) e Suíça (US$ 1 milhão).
A via marítima consolidou-se como principal modal, responsável por 63,1% das exportações (US$ 48,6 milhões), seguida pela via aérea (US$ 27,5 milhões). Nas importações, o transporte marítimo também predominou com US$ 26,5 milhões.
Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, apesar da queda nas exportações de óleo combustível e dos efeitos das tarifas americanas, a balança comercial potiguar demonstra força. “Temos observado ampliação significativa na diversificação das exportações e abertura de novos mercados. Em um ambiente global desafiador, com Selic a 15% e tensões geopolíticas, o RN reafirma sua capacidade de adaptação e competitividade”, destacou.