O Piauí está se tornando um dos principais protagonistas na produção de energia limpa no Brasil. Com o projeto para implementação de três hubs responsáveis pela criação de energia limpa através do hidrogênio verde.

A criação de hidrogênio verde ocorre através do processo de eletrólise na água, capaz de separar as moléculas de hidrogênio do oxigênio. Para ser considerado verde, esse processo de eletrólise deve ser feito exclusivamente através de energia renovável, como a eólica e solar, abundantes no estado do Piauí.

Ricardo Castelo, vice-presidente de energias renováveis da Investe Piauí, destaca que a posição privilegiada do Estado é um ponto estratégico para a criação desse sistema de hubs, já que o estado, banhado pelo Oceano Atlântico, possui uma proximidade importante com os principais mercados exportadores de hidrogênio verde, por isso, o projeto em destaque no primeiro momento é o da implementação de um hub no delta do Parnaíba focado na exportação da fonte de energia renovável.

“Os principais compradores do hidrogênio verde, amônia verde, fertilizantes sustentáveis e aço verde estão na Europa. Ou seja, a viabilização do hub no Porto de Luís Correia é fundamental para a exportação desses produtos do Piauí para o mercado europeu”, afirma Ricardo Castelo.

Além do Coast Hub, como é conhecido o hub do porto de Luís Correia, também existem projetos para um hub em Teresina, voltado para o abastecimento da indústria local com energia sustentável, e um hub em São João do Piauí, destinado a atrair novas empresas e fomentar o mercado do interior piauiense.

“É importante observar que todo o planejamento de crescimento do Piauí gira em torno do desenvolvimento sustentável como motor para a geração de emprego e renda”, explica o vice-presidente. “Esperamos que o Piauí esteja integrado e participe ativamente, com mão de obra qualificada e treinada, desse momento de transição energética, podendo ser um dos protagonistas desta quarta Revolução Industrial, que tem foco nas energias renováveis”, conclui.

Com a consolidação desses projetos, o Piauí deve se tornar um dos maiores exportadores de energia renovável do Brasil, fortalecendo sua economia e gerando milhares de empregos. A produção de hidrogênio verde também coloca o Estado na vanguarda da transição energética global, alinhando-se às demandas por combustíveis sustentáveis.

“Através de 10 missões internacionais realizadas pela Investe Piauí, o papel do governador Rafael Fonteles como atual presidente do Consórcio Nordeste, incentivando as adequações da região nesse momento de transição energética, e  a realização da Conferência Internacional de Energias, que irá acontecer entre 4 e 7 de junho em Teresina, acreditamos que o estado se insere de forma ativa e pujante nessa revolução energética”, diz Ricardo Castelo.

Com projetos envolvendo o investimento de bilhões de reais nos próximos 10 anos, o Piauí se consolida não apenas como produtor de energia solar, mas como um centro estratégico para o hidrogênio verde no Brasil e no mundo.

“O Piauí já é o terceiro estado que mais produz energia verde no Brasil: eólica e solar. Possui os maiores projetos de geração de energia eólica da América Latina e o segundo maior projeto solar do Brasil, ambos em operação”, cita Castelo. “Quando pronto, o projeto de hidrogênio do estado será o maior do Brasil. Além disso, o Piauí possui uma matriz elétrica 100% verde e gera 5 vezes mais energia renovável do que consome, sendo, portanto, já um exportador de energia limpa para outros estados do Brasil”.