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17 de novembro de 2025 14:59

Complexo logístico de R$ 200 milhões do Aeroporto de Fortaleza promete transformar a economia regional

Complexo logístico de R$ 200 milhões do Aeroporto de Fortaleza promete transformar a economia regional

Com previsão de conclusão até o fim de 2025, o projeto privado, com aval federal, promete geração de empregos, atração de investimentos e mitigação de impactos ambientais
Aeroporto de Fortaleza | Foto: Reprodução/Wikipedia

A paisagem no entorno do Aeroporto Internacional de Fortaleza está prestes a mudar de forma significativa. Com investimento privado de mais de R$ 200 milhões feito pela Aerotropolis Empreendimentos S.A, um novo complexo logístico está em construção em uma área equivalente a 88 campos de futebol. Com previsão de entrega até o final de 2025, o empreendimento deve posicionar Fortaleza como um dos mais relevantes polos logísticos do Nordeste, com impactos diretos na economia local, conectividade de cargas e geração de empregos.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o projeto consolida a importância estratégica do Aeroporto de Fortaleza dentro da malha logística nacional. “O aeroporto é um dos principais hubs de conexão da região Nordeste. O complexo servirá para consolidar a posição estratégica do Aeroporto de Fortaleza e fortalecer o transporte aéreo de cargas na região metropolitana da capital cearense”, diz a assessoria de comunicação do MPor.

Parceria público-privada e viabilidade regulatória

O projeto é fruto de uma cessão de área da concessionária Fraport, responsável pela administração do aeroporto, para o consórcio formado pelas empresas Aerotropolis e Air Hubs FOR. A parceria prevê a construção de galpões logísticos voltados à movimentação de cargas locais, nacionais e internacionais, em um modelo de negócio que não envolve recursos públicos diretos.

Por se tratar de um contrato de longo prazo, com período de vigência superior ao tempo remanescente do contrato de concessão da Fraport, o acordo precisou ser autorizado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil, com base na Portaria Minfra nº 93/2020. “O programa federal de concessões tem gerado resultados altamente positivos para a infraestrutura aeroportuária brasileira. Além dos investimentos em ampliação de capacidade, as concessões viabilizaram o desenvolvimento de inúmeros empreendimentos comerciais nos aeroportos concedidos. O complexo logístico de Fortaleza se junta a uma série de outros investimentos já observados em outros aeroportos (como centros logísticos, hospitais, escolas, shopping centers, etc)”, explicou o Ministério.

A expectativa do governo federal é que o projeto sirva de modelo para futuras concessões no entorno de aeroportos. Para isso, o Ministério de Portos e Aeroportos trabalha atualmente na revisão da portaria que regula esse tipo de operação, buscando torná-la mais flexível e atrativa ao investidor privado.

Impactos econômicos e geração de empregos

Além do potencial de transformação logística, o complexo traz promessas concretas de impacto social e econômico. A Fraport estima que cerca de 1.200 empregos diretos serão gerados apenas na primeira fase da obra, número que deve crescer com a entrada de novos operadores e o desenvolvimento da infraestrutura do complexo.

“Acreditamos que será um novo patamar de geração de empregos para Fortaleza”, afirma o time de comunicação da empresa.

A estrutura terá diferenciais estratégicos em relação a outros centros logísticos do Brasil. Entre eles, estão a proximidade com a pista de pouso e a conectividade rodoviária direta com a BR-116.

Nordeste contempla complexos logísticos de grande porte

A região nordeste contempla outros complexos logísticos de grande dimensão que impactam a economia local, como mostra o infográfico abaixo.

Sustentabilidade e mitigação de impactos

Embora o empreendimento ocupe uma vasta área de solo urbano, a Fraport assegura que todas as etapas do licenciamento ambiental foram cumpridas. O terreno onde será implantado o complexo era uma antiga área da Base Aérea de Fortaleza, sem uso recente, com acúmulo de sujeira que pode atrair insetos e doenças. “A supressão vegetal foi realizada com o aval de todas as licenças necessárias para a implantação do projeto, incluindo a compensação de carbono, fator importante para o equilíbrio do desenvolvimento e do meio ambiente”, reforça a Fraport.

Além disso, o projeto será operado em regime de cessão de uso, com previsão de cláusulas ambientais, exigências regulatórias da aviação civil e metas operacionais monitoradas por órgãos federais.

Segundo a Fraport, apesar da complexidade das obras, a previsão de conclusão se mantém para o final de 2025, uma vez que trata-se de uma obra robusta, por isso a importância de cumprir cada fase do cronograma com precisão.

Como o projeto está sob responsabilidade integral do parceiro privado, o governo federal não interfere diretamente na execução do cronograma, mas acompanha o desenvolvimento por meio dos órgãos reguladores.

Visão de futuro para Fortaleza

Com uma infraestrutura logística moderna e integrada ao aeroporto, o complexo tem potencial para transformar Fortaleza em referência no setor, uma vez que há expectativa de atração de centros de distribuição, operadores logísticos, startups e empresas de tecnologia voltadas para o transporte e armazenagem.

O investimento fortalece não só a logística regional, mas também a capacidade de integração do Brasil às cadeias globais de comércio. É uma peça importante na política nacional de infraestrutura, especialmente no contexto de um Nordeste cada vez mais dinâmico no agronegócio, na indústria e na exportação de bens.

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