
O Governo do Maranhão participou na última semana de duas reuniões estratégicas no Rio de Janeiro para tratar da exploração de petróleo nas bacias maranhenses de Pará-Maranhão e Barreirinhas, que integram a Margem Equatorial Brasileira (MEB). O primeiro encontro ocorreu na sede da Petrobras, e o segundo, na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na reunião com a Petrobras, a presidente da estatal, Magda Chambriard, recebeu Allan Kardec, presidente da Gasmar e representante do governador Carlos Brandão. “Tivemos uma reunião com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e ela vai estudar a oportunidade de investir na Bacia de Barreirinhas e na Bacia Pará-Maranhão. Isso significa investimento em petróleo e gás, como está acontecendo no Amapá”, afirmou Kardec, destacando o apoio do governador em fóruns regionais.
Entre os temas discutidos, esteve o licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama, essencial para viabilizar a exploração nas duas bacias. Ambas fazem parte de cinco bacias sedimentares que compõem a MEB, considerada estratégica para o futuro energético do Brasil.
À tarde, Kardec se reuniu com Artur Watt, diretor-geral da ANP, para discutir a possibilidade de leilões de blocos marítimos no Maranhão. “Vamos colocar novos blocos em licitação, nas bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão. Conversamos com o diretor-geral da ANP, que ficou extremamente empolgado. Ele nos informará sobre os estudos que estão sendo realizados”, explicou Kardec.
Potencial geológico e econômico
Na quarta-feira (22), o Porto do Itaqui recebeu o navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, para pesquisas geológicas nas bacias maranhenses. A TGS conduz projetos de aquisição de dados sísmicos 3D, que já indicam grandes estruturas com potencial para hidrocarbonetos, similares às da Guiana, estimando 20 a 30 bilhões de barris de petróleo.
Localizadas no território maranhense, as bacias são vistas como estratégicas para impulsionar a economia local, gerando empregos, renda e arrecadação em regiões de baixo PIB per capita. A exploração da Margem Equatorial Brasileira, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada o “novo Pré-Sal da Amazônia” pelo Governo Federal e pela Petrobras, com potencial de 16 bilhões de barris e produção estimada de 1,1 milhão de barris por dia.
O Ibama autorizou recentemente a Petrobras a iniciar a perfuração de um poço de prospecção, a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa do Amapá, reforçando o interesse estratégico na região.
A expectativa é que os investimentos em exploração contribuam para o desenvolvimento econômico e social do Maranhão, fortalecendo o setor de energia e gerando novas oportunidades para a população local.