O Governo do Maranhão tem se destacado na execução do Programa Fomento Rural, política federal coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), com resultados concretos na geração de renda e na inclusão produtiva de famílias agricultoras. Em entrevista ao Investindo Por Aí, representantes da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) detalharam como o Estado tem estruturado a parceria com o MDS e alcançado resultados que vão além da simples transferência de recursos — chegando a 640 famílias beneficiadas em 13 municípios, com quase R$ 3 milhões aplicados.

O programa combina acompanhamento técnico e produtivo com a transferência direta de recursos financeiros não reembolsáveis, no valor de R$ 4,6 mil por família, permitindo que agricultores em situação de vulnerabilidade desenvolvam ou ampliem suas atividades produtivas. No Maranhão, a execução é feita de forma descentralizada. O estado é o único do país com duas executoras; a SAF, em parceria com os municípios, e a AGERP (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural).

“Temos trabalhado de forma muito próxima ao MDS para garantir que os recursos cheguem de forma ágil e eficaz. Essa estrutura, que envolve as prefeituras e uma rede de assistência técnica, tem sido fundamental para acompanhar as famílias desde o diagnóstico até a aplicação dos recursos”, afirmou o governo do Maranhão ao Investindo Por Aí.

Autonomia e protagonismo feminino no campo

Mais do que números, os resultados se refletem em histórias de transformação. Segundo a SAF, o Fomento Rural tem impulsionado a autonomia das mulheres rurais, que passaram a gerir seus próprios projetos produtivos; de criações de galinhas, peixes e porcos a pequenas hortas, panificações e salões de beleza comunitários.

“O diferencial é que o programa permite projetos produtivos e não produtivos. Muitas mulheres, antes dependentes da renda do marido ou de pequenos bicos, hoje administram seus próprios negócios. Elas estão inspirando outras na comunidade e ajudando a dinamizar a economia local”, explicou a Secretaria.

O sucesso do programa, segundo o governo estadual, está também na presença contínua das equipes técnicas. As famílias recebem visitas periódicas, capacitação e acompanhamento em todas as etapas: da mobilização inicial ao diagnóstico, da elaboração do projeto à avaliação final.

“Não se trata de uma ação pontual. A gente acompanha de perto para garantir que o investimento se transforme em autonomia e desenvolvimento de longo prazo. Muitas famílias, inclusive, acabam sendo identificadas para acessar outras políticas públicas”, destacou o governo.

O Estado já planeja ampliar o alcance do Fomento Rural para novos municípios e integrá-lo a programas estaduais voltados ao campo, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), feiras de agricultura e compras institucionais. A proposta é criar uma rede de políticas articuladas que fortaleçam o campo de forma permanente.

Sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas

Em um cenário de instabilidade climática e desafios logísticos, o Maranhão tem apostado na agroecologia como caminho para o desenvolvimento sustentável. Segundo o governo estadual, o Fomento Rural tem estimulado práticas de manejo sustentável, diversificação produtiva, uso racional da água e recuperação de áreas degradadas.

“As experiências mostram que o desenvolvimento sustentável nasce no campo, a partir do conhecimento tradicional aliado à política pública. É essa combinação que garante segurança alimentar, renda e um futuro mais equilibrado”, destacou o governo do Maranhão.

Para o MDS, o caso maranhense tem se tornado uma referência nacional na execução descentralizada e eficiente do Fomento Rural, evidenciando o impacto que a integração entre governo federal, estados e municípios pode gerar na promoção da segurança alimentar e na redução das desigualdades no campo.

“O Maranhão tem conseguido traduzir a política pública em resultados reais. Quando a assistência técnica caminha junto com o repasse financeiro, o retorno é imediato: mais renda, mais autonomia e mais comida na mesa”, afirmou o Ministério do Desenvolvimento Social, em resposta ao Investindo Por Aí.

No campo maranhense, o programa já colhe frutos — e, com eles, o fortalecimento de uma nova geração de agricultores que transformam apoio público em prosperidade comunitária.