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7 de setembro de 2024 11:23

Guerra na Ucrânia: associação calcula que Brasil tem fertilizantes para três meses

Guerra na Ucrânia: associação calcula que Brasil tem fertilizantes para três meses

País importa anualmente cerca de 9 milhões de toneladas de insumos do Leste Europeu

Por Ricardo Della Coleta
Para FolhaPress – Brasíllia

A Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos) divulgou nesta quinta-feira (3) que o setor de fertilizantes calcula ter estoques do insumo para os próximos três meses. A entidade representa um segmento diretamente afetado pala guerra na Ucrânia: a Rússia é um dos principais fornecedores internacionais do produto e origem de boa parte das importações utilizadas pelo agronegócio nacional. Com a eclosão do conflito, a tendência é que a oferta dos produtos diminua no mercado global —com consequências sobre o preço.

“A Associação Nacional para Difusão de Adubos lamenta o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e reforça que é prematuro avaliar em profundidade os possíveis impactos ao agronegócio brasileiro”, disse a Anda, em nota. “A entidade esclarece que o Brasil possui atualmente estoque de fertilizantes para os próximos três meses, de acordo com dados de agentes de mercado”.

Lavoura de café na Chapada de Minas – Walfried Weissmann – 20.ago.2019/NITRO/Sebrae

A Anda afirmou ainda que o estoque atual de fertilizantes “encontra-se acima da média dos anos anteriores”. Segundo a associação, atualmente o Brasil importa anualmente cerca de nove milhões de toneladas de insumos para fertilizantes do Leste Europeu, cerca de 25% do total das compras no exterior.

A Anda também declarou que está atenta ao fornecimento de cloreto de potássio, uma vez que duas milhões de toneladas desse insumo “já estavam comprometidas com as sanções anteriores” a Belarus. “E a atenção justifica-se, dado que 3 milhões de toneladas de cloreto de potássio têm como origem a Rússia”, disse.

No mesmo comunicado, a Anda disse que também demandam atenção os fertilizantes nitrogenados, em especial o nitrato de amônio. Esse produto é importado em volume expressivo da Rússia. Os fertilizantes fosfatados possuem menor dependência do Leste Europeu, “o que atenua os impactos de abastecimento para a safra atual”. A entidade expressou ainda preocupação com o tema da logística marítima.

Como parte das sanções contra a Rússia, diferentes empresas transportadoras anunciaram que não fariam mais carregamentos com produtos russos.

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