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13 de setembro de 2024 19:52

Indústria registra crescimento em todos os estados do Nordeste

Indústria registra crescimento em todos os estados do Nordeste

Rio Grande do Norte lidera com crescimento de 24,7% impulsionado por refino e biocombustíveis; outros estados do Nordeste também apresentam avanços significativos
Refinaria Potiguar Clara Camarão| Foto: Divulgação – RPCC.

Nos primeiros cinco meses de 2024, a indústria na área de atuação do Banco do Nordeste (BNB) registrou crescimento em todos os estados da região. O destaque ficou com o Rio Grande do Norte, que registrou um crescimento de 24,7%, o maior do Brasil, mantendo-se na liderança nacional desde julho de 2023.

O crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de refino e biocombustíveis, com ênfase na produção de óleo diesel e gasolina automotiva, além do setor de confecção e vestuário. Entretanto, houve uma retração nos setores de alimentos (-8,5%) e na indústria extrativa (-71,8%).

“A atividade industrial do Nordeste evoluiu de forma positiva nos últimos anos, com destaque para o Rio Grande do Norte, que apresentou a melhor performance industrial do país”, afirma Allisson Martins, economista e gerente executivo de macroeconomia do Etene/Banco do Nordeste. “No Ceará, 8 das 11 atividades pesquisadas tiveram resultados positivos, mostrando a força da indústria cearense. Já em Pernambuco, 10 das 12 atividades registraram avanços, com destaque para o setor de veículos, que vem apresentando números muito bons”, complementa.

O Ceará, que apresentou o terceiro melhor desempenho nacional, registrou um crescimento de 6,5%. Entre os setores de destaque estão couro e calçado (25,2%), vestuário (27,1%), produtos de metal (31,4%) e bebidas (11,7%).

Apesar do bom desempenho, o setor químico no estado cearense sofreu uma queda significativa de 49,5%, refletindo problemas enfrentados pela indústria química em todo o país, como alta ociosidade e competição com importações, especialmente da China e dos EUA.

Em Pernambuco, o crescimento industrial foi de 3,1%. Alguns dos setores que se destacam incluem veículos (6,0%), máquinas e aparelhos elétricos (35,9%), produtos de metal (12,7%) e outros transportes (53,7%) foram os principais responsáveis pelo crescimento. Entretanto, os setores de produtos químicos e metalurgia registraram quedas de 3,6% e 6,9%, respectivamente.

“O Banco do Nordeste é estratégico na medida em que ele disponibiliza linhas de crédito com taxas de juros atrativas, com prazos diferenciados, voltados para financiamento de máquinas, equipamentos, para que se tenha ganho de produtividade, redução de custos, proporcionando uma maior competitividade da nossa indústria”, diz Martins.

Na Bahia, a indústria cresceu 2,6% no acumulado do ano, com avanços em 7 das 10 atividades da Indústria de Transformação. O refino de petróleo, responsável por quase um terço da indústria baiana, teve um crescimento de 4,8%. Outros destaques incluem a indústria extrativa (19,1%), alimentos (4,0%), borracha e plástico (8,5%) e papel e celulose (8,2%). A metalurgia, contudo, apresentou uma queda acentuada de 25,1%.

O Maranhão registrou um crescimento de 2,6%, com expansão em todas as atividades da Indústria de Transformação (4,6%), destacando-se a metalurgia (6,2%), bebidas (12,0%) e alimentos (4,1%). No entanto, a indústria extrativa no estado recuou 15,1%, principalmente devido à redução da demanda chinesa por minério de ferro, que afetou diretamente as exportações brasileiras, resultando em uma queda de 11% no preço e de 6,3% no volume embarcado em maio.

Projeções da Macrométrica indicam uma perspectiva positiva para o desempenho industrial dos estados nordestinos ao longo de 2024, com expectativas de crescimento em todos os estados, reforçando a importância do setor industrial para o desenvolvimento econômico da região.

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