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7 de setembro de 2024 07:39

Lojas da bandeira Extra serão fechadas em Maceió

Lojas da bandeira Extra serão fechadas em Maceió

Negócio é avaliado em R$ 5,2 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões serão pagos de forma parcelada pelo Assaí até 2024.

Por Clariza Santos
Para Gazeta Web

As lojas do Extra Farol e Mangabeiras, em Maceió, devem ser fechadas em dezembro. O anúncio foi feito pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) na quinta-feira (14), quando foi anunciada a venda de 71 lojas do hipermercado à rede de atacado Assaí.

Cerca de 70% das lojas do Extra Hiper no Brasil foram vendidas. Das outras 32 lojas que ficaram de fora da venda para o Assaí, 28 serão convertidas paras as bandeiras Pão de Açúcar e Mercado Extra, e 4 serão fechadas, sendo as duas de Alagoas e uma em Tocantins. A quarta loja não foi divulgada. Alagoas aparece com o total de zero lojas da bandeira Extra.

Conforme comunicado divulgado pelo grupo, a estimativa da transação foi de R$ 5,2 bilhões, dos quais, R$ 4 bilhões serão pagos pelo comprador de forma parcelada, entre dezembro deste ano e janeiro de 2024, e R$ 1,2 bilhão restante será pago ao Pão de Açúcar por um fundo imobiliário que tem garantia do Assaí. A empresa dona do Extra também informou que deixará o segmento de hipermercados no país.

“A bandeira Extra Hiper será descontinuada, e as lojas não abarcadas pela transação serão convertidas em formatos com maior potencial de rentabilidade”, informou.

O Assaí, ainda conforme o grupo, vai conseguir adicionar 71 lojas à rede de atacarejo e assim ganha musculatura para competir com o Atacadão. O Carrefour, dono do Atacadão, já havia feito vários movimentos para expandir a operação de atacarejo – comprou o Makro e o Big. Especialistas dizem que essa transação faz sentido tanto para o GPA quanto para o Assaí. Primeiro porque o GPA precisa se concentrar nas operações mais rentáveis.

“O formato de hipermercado tem sido desafiado no mundo inteiro, não apenas no Brasil. O hiper foi um modelo que deu muito certo dos anos 80 até a virada dos anos 2000. Mas com o desenvolvimento de outros formatos de loja, o hiper ficou sem um papel claro na cabeça do consumidor”, afirma Eduardo Yamashita, COO da consultoria Gouvea Ecosystem.

Ainda segundo Eduardo, o formato de hipermercado deixou de fazer sentido com o avanço do atacarejo. “O atacarejo cresceu muito, com uma proposta muito clara de preço baixo e baixa conveniência. O supermercado e de conveniência se firmaram com a proposta de rapidez e serviço. E o hiper ficou no meio, não é tão conveniente quanto a loja de bairro nem tão barato quanto o atacarejo”.

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