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16 de outubro de 2024 07:56

Maranhão registra superávit comercial de US$1,281 Bilhão

Maranhão registra superávit comercial de US$1,281 Bilhão

Estado tem melhor desempenho do Nordeste entre janeiro e agosto, impulsionado pela indústria de transformação
Alumina | Reprodução

O Maranhão apresenta desempenho significativo na balança comercial de janeiro a agosto de 2024, com superávit de US$1,281 bilhão, o maior do Nordeste. As exportações do estado totalizaram US$3,833 bilhões, com um leve aumento de 0,6% em comparação com o mesmo período de 2023. Os principais responsáveis pelas exportações foram os setores de agropecuária e indústria de transformação. 

Contudo, as vendas do setor agropecuário, que representam 46,7% das exportações, e da indústria extrativa, com 5,4%, apresentaram quedas de 15,9% e 15,5%, respectivamente. O resultado foi impulsionado pela diminuição nas exportações de soja (-10,2%), milho (-57,9%) e minério de ferro (-14,1%).

Em contrapartida, a indústria de transformação teve um crescimento expressivo de 27,3%, impulsionado principalmente pelas vendas de celulose (+54,4%), alumina (+18,8%) e alumínio (+93,2%).

Allisson Martins, economista e gerente executivo de macroeconomia do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do Banco do Nordeste avalia que o comércio exterior do Maranhão vem alcançando resultados importantes. “Apesar da queda no preço da soja nos últimos 12 meses, a commodity, junto com os minérios, continua liderando a pauta exportadora do Maranhão. São itens, que junto à indústria de transformação, apresentam resultados sólidos e devem seguir impulsionando o comércio internacional do estado, consolidando sua base exportadora como principal vetor de crescimento”, afirma.

As importações do Maranhão também caíram, com uma redução de 18,7% em relação ao ano anterior. A redução foi impulsionada pela diminuição nas compras de combustíveis e lubrificantes (-26,1%) e de bens intermediários (-14,7%).

“Já a queda nas importações de combustíveis e bens intermediários, acredito estar ligada à sazonalidade, e esperamos uma regularização até o final do ano. Além disso, há o efeito da base de comparação, já que os valores do ano passado foram bastante significativos”, explica o economista.

Além do Maranhão, outros quatro estados do Nordeste apresentaram saldo positivo na balança comercial: Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Bahia

O Piauí registrou US$989,5 milhões em  exportações, uma queda de 11,7% em relação ao ano anterior. O setor agropecuário, que representa 88,7% do total, teve uma redução de 15,4%, com vendas de soja caindo em 7,1% e milho em 82,2%. As importações também diminuíram 35,6%, totalizando US$172,3 milhões, especialmente devido à queda nas aquisições de bens intermediários (-40,5%). Apesar das reduções, as compras de bens de capital cresceram 52% e o resultado foi de saldo positivo para o estado.

Indústria de celulose no Maranhão | Reprodução

No Rio Grande do Norte, as exportações chegaram a US$646,4 milhões, com um aumento de 45%. O crescimento foi impulsionado pela indústria de transformação, que subiu 67,5%, destacando-se os óleos combustíveis de petróleo, cujas vendas aumentaram 94,2%. As importações totalizaram US$351,3 milhões, com uma queda de 21,1%, reflexo da diminuição nas compras de bens de capital (-42,9%) e bens intermediários (-31,5%). Por outro lado, as importações de combustíveis e lubrificantes subiram 26,2%.

Em Alagoas, as exportações somaram US$575,8 milhões no período, um aumento de 3,5%. As vendas da indústria extrativa caíram 18,3%, principalmente por conta da redução na venda de minérios de cobre. Em contraste, as exportações da indústria de transformação cresceram 12,1%, especialmente nos açúcares e melaços (+12,5%). As importações subiram para US$528,7 milhões, um aumento de 18,3%, impulsionadas por bens de consumo (+33,4%) e bens intermediários (+10,1%).

Na Bahia, as exportações alcançaram US$7.395,2 milhões, um crescimento de 5,5%. Os setores agropecuário (+22,6%) e da indústria extrativa (+23,4%) se destacaram, com aumento nas vendas de algodão em bruto (+165,1%), café não torrado (+76,1%) e minérios de cobre (+245,6%). Já as exportações da indústria de transformação caíram 2,4%, impactadas pela diminuição nas vendas de óleos combustíveis (-11,1%) e farelos de soja (-21,7%). As importações na Bahia totalizaram US$7.307,1 milhões, com um aumento de 20,5%, principalmente devido ao aumento nas compras de combustíveis e lubrificantes (+69,4%).

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