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23 de setembro de 2025 11:26

Nordeste aposta em megaponte e travessias regionais para impulsionar desenvolvimento

Nordeste aposta em megaponte e travessias regionais para impulsionar desenvolvimento

Projetos na Bahia, Paraíba e entre Sergipe e Alagoas somam mais de R$ 11 bilhões em investimentos e prometem transformar mobilidade e economia na região
Foto: Reprodução/Internet

O Nordeste vive um momento de transformação na área de infraestrutura com a construção de grandes obras de mobilidade que prometem impactar diretamente a economia, o turismo e a qualidade de vida da população. Três projetos de destaque concentram os olhares em 2025: a Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, na Bahia; a Ponte do Futuro, na Paraíba; e a ponte Neópolis-Penedo, entre Sergipe e Alagoas.

Bahia: Salvador-Itaparica

Apontada como a futura ponte sobre lâmina d’água mais extensa da América Latina, a Ponte Salvador-Itaparica terá 12,4 quilômetros de extensão, divididos em três trechos: 4,6 km na Ilha de Itaparica, 6,9 km em Salvador e 0,9 km de trecho estaiado a 85 metros de altura.

O projeto, orçado em R$ 11 bilhões, prevê ainda variantes rodoviárias, duplicação de trecho da BA-001 e novos acessos viários em Salvador e Vera Cruz. Segundo a Secretaria da Fazenda da Bahia, o contrato de concessão tem duração de 35 anos, sendo seis dedicados à fase de obras — que incluem licenciamento, projeto e execução — e 29 à operação.

Mais de R$ 200 milhões já foram investidos em sondagens da Baía de Todos-os-Santos, que atingiram profundidades de até 200 metros. A expectativa do governo é gerar 7.000 empregos diretos durante a construção e beneficiar cerca de 10 milhões de baianos em 250 municípios.

“A ponte é um vetor de integração e desenvolvimento, com impactos positivos em mobilidade, turismo e na economia da região do Recôncavo e do Baixo Sul”, destacou o governo estadual em nota.

Paraíba: Ponte do Futuro

Com R$ 465,5 milhões de investimento estadual, a Ponte do Futuro ligará a BR-230 à BR-101 Norte e promete ser um marco para a mobilidade da Região Metropolitana de João Pessoa. O complexo inclui uma ponte de 2 km de extensão, outra de 420 metros sobre o Rio da Guia, um viaduto de 40 metros sobre linha férrea e um mirante.

O projeto também prevê o prolongamento da PB-011, com 11,2 km entre Forte Velho e Lucena, além da adequação de trecho da PB-025 até a BR-101. As pistas terão 7,2 metros de rolamento, passeio de 3,3 metros, ciclovia de 2,5 metros e acostamento de 2,5 metros.

As obras foram iniciadas em 2025 no quilômetro 9,64 da BR-230, em Cabedelo. Em agosto, foi concluída a concretagem do primeiro vão de 33 metros, no lado de Cabedelo, um marco da execução física.

A expectativa é de criação de 600 a 800 empregos diretos.

“Essa é uma obra estratégica, que vai desafogar o tráfego e abrir novas oportunidades de desenvolvimento para toda a região”, ressaltou o governo da Paraíba.

Sergipe-Alagoas: Neópolis-Penedo

Com orçamento de R$ 203 milhões, a ponte Neópolis-Penedo terá 1,08 km de extensão sobre o Rio São Francisco, largura de 21,1 metros, ciclovias, calçadas e 12,25 km de acessos rodoviários. O projeto ainda garante navegabilidade com vão central de 300 metros.

Segundo o Ministério dos Transportes, a obra beneficiará diretamente cerca de 80 mil moradores do Baixo São Francisco. Até setembro de 2025, a execução já havia alcançado 19% da infraestrutura e 11% da mesoestrutura, com conclusão prevista para dezembro de 2026.

“A ponte representa integração entre dois estados e uma solução histórica para uma região que sempre dependeu de balsas e atravessadores”, afirmou o órgão federal.

Infraestrutura como motor de crescimento

Embora diferentes em escala e orçamento, os três projetos evidenciam o papel estratégico da infraestrutura para o desenvolvimento regional. A Bahia aposta em uma megaponte bilionária para transformar sua logística e atrair investimentos de grande porte. A Paraíba investe em um complexo viário para resolver gargalos metropolitanos. Sergipe e Alagoas unem forças para integrar comunidades ribeirinhas e impulsionar o turismo no São Francisco.

Em comum, as obras simbolizam uma nova etapa de conectividade no Nordeste, com potencial para redefinir fluxos de transporte, dinamizar economias locais e estreitar laços entre regiões historicamente afastadas por barreiras naturais.

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