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29 de setembro de 2025 17:26

Nordeste registra alta de 30% em royalties de mineração e Jacobina (BA) lidera arrecadação

Nordeste registra alta de 30% em royalties de mineração e Jacobina (BA) lidera arrecadação

Bahia concentra maior fatia dos repasses da CFEM, que somam R$ 3,3 bilhões no país até setembro de 2025
Foto: Reprodução/Internet

O Nordeste registrou crescimento superior a 30% na arrecadação de royalties da mineração em 2025, mesmo com participação menor no total nacional. Entre fevereiro e setembro, a região recebeu aproximadamente R$ 123 milhões da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). Os valores refletem a produção mineral de janeiro a julho, com repasses distribuídos com dois meses de defasagem.

No país, os royalties somaram R$ 3,3 bilhões no período. Somente em setembro, foram pagos R$ 512,7 milhões, valor recorde mensal do ano, impulsionado pela retomada gradual do setor e pela valorização de commodities como ferro, ouro e cobre.

Bahia lidera arrecadação no Nordeste

Com produção mineral diversificada, a Bahia segue como principal estado minerador da região. Em setembro, o estado recebeu R$ 2,06 milhões em royalties, concentrando mais da metade dos repasses nordestinos. No acumulado do ano, a Bahia soma R$ 85,4 milhões, equivalente a 69% da arrecadação regional.

Os municípios baianos que mais se destacam são Jacobina, Itagibá, Santaluz, Sento Sé e Barrocas, com produção voltada principalmente para ouro, níquel e minério de ferro. Fora da Bahia, Godofredo Viana (MA), Currais Novos (RN), Rosário do Catete (SE) e Nova Olinda (CE) lideram os repasses em seus estados.

Top 10 municípios nordestinos em royalties da mineração (jan–jul/2025):

Posição Município (UF) Valor aproximado (R$) Substância principal
1 Jacobina (BA) 14.000.000 Ouro
2 Itagibá (BA) 9.500.000 Níquel
3 Santaluz (BA) 5.700.000 Ouro
4 Godofredo Viana (MA) 4.700.000 Ouro
5 Currais Novos (RN) 3.700.000 Scheelita e tungstênio
6 Rosário do Catete (SE) 3.200.000 Potássio
7 Sento Sé (BA) 3.100.000 Minério de ferro
8 Barrocas (BA) 2.500.000 Ouro
9 Nova Olinda (CE) 1.600.000 Gipsita
10 Rosário (MA) 1.400.000 Caulim e bauxita

Em Alagoas, o município de Craíbas é o principal beneficiário, com arrecadação ligada à produção de minério de ferro, embora em valores menores em comparação aos líderes regionais.

Além das cidades produtoras, a ANM destina parte da CFEM a municípios afetados por estruturas de mineração, como ferrovias, portos e barragens. Até setembro, foram pagos R$ 309 milhões para essas localidades em 2025, com cerca de R$ 46 milhões destinados ao Nordeste. Entre os beneficiários estão São Luís e Açailândia (MA), Fortaleza e São Gonçalo do Amarante (CE) e Teresina (PI).

Crescimento gradual e concentração

O desempenho da CFEM indica estabilidade na produção mineral e elevação moderada da arrecadação, acompanhando a valorização dos minérios no mercado internacional. No Nordeste, o crescimento concentra-se em poucos polos, especialmente na Bahia, evidenciando uma estrutura produtiva centralizada, mas com potencial de expansão em estados como Maranhão, Rio Grande do Norte e Ceará.

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