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4 de outubro de 2024 13:21

PIB do Piauí pode crescer 21% com exploração de petróleo na Margem Equatorial

PIB do Piauí pode crescer 21% com exploração de petróleo na Margem Equatorial

Área que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá possui 16 bilhões de barris de petróleo no subsolo e deve promover o desenvolvimento econômico do Norte e Nordeste

O estado do Piauí está entre os principais beneficiados com a exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma área de cerca de 500 mil km² que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá. A região, com uma estimativa de 16 bilhões de barris de petróleo, pode impulsionar o desenvolvimento econômico dos estados das regiões Nordeste e Norte.

De acordo com especialistas, os investimentos na Margem Equatorial devem trazer impactos diretos à economia do Piauí. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o PIB do estado pode crescer até 21,5%, um acréscimo de R$ 10,7 bilhões. Além disso, a exploração petrolífera na região pode gerar cerca de 52.828 novos postos de trabalho.

“O futuro energético do Brasil tem uma excelente oportunidade de dar um salto de produção na exploração petrolífera e de gás. Isso pode diminuir a dependência de importações e impulsionar a economia do país”, ressalta Carlos Logulo, CEO e organizar do Oil & Gas Summit, evento que discutirá o tema em Fortaleza, em 2025.

A Margem Equatorial também é conhecida por Bacia Equatorial (Foto: divulgação)

A Margem Equatorial também é conhecida por Bacia Equatorial e apresenta grande potencial de contribuir para o desenvolvimento social e tecnológico das regiões costeiras, pois a exploração petrolífera gera royalties e tributos para as esferas governamentais, que podem ser reinvestidos em infraestrutura, educação e saúde. Em todo o Norte e Nordeste, a estimativa é que podem ser gerados cerca de 300 mil postos de trabalho – diretos e indiretos.

“A atividade exploratória petrolífera demanda mão de obra em diversas áreas, como construção civil, logística e serviços especializados. Isso impulsiona o mercado de trabalho, gera renda e oportunidades. Sem contar que a exploração de petróleo atrai investimentos em portos, aeroportos, estradas e redes de comunicação, ampliando os ganhos para a população”, reforça Carlos Logulo.

Carlos Logulo,  CEO do Oil and Gas Summit (Foto: Delano Soares)  

 

Potencial e investimentos

Os primeiros estudos foram realizados na bacia da Foz do Amazonas e no Amapá, além da bacia Potiguar. Em todos os locais foram encontrados indícios de petróleo. Neste ano, a Petrobras anunciou a descoberta de grandes reservas de petróleo no poço exploratório Anhangá, entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. A estatal já anunciou que prevê, em seu orçamento para os próximos anos, um investimento de US$ 3,8 bilhões na exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Logulo observa que alguns países já estão se beneficiando da Margem Equatorial, como a Guiana, que há cerca de uma década já incorporou 11 bilhões de barris em reservas, e do Suriname, que encontrou cerca de 4 bilhões de barris.

“Esses montantes ultrapassam as reservas brasileiras, de 14,8 bilhões de barris. Por isso, o Brasil não pode perder a oportunidade de investir na Margem Equatorial”. “Somente com os projetos petrolíferos em implantação, a produção nacional vai entrar em declínio a partir de 2032 e o país pode voltar a ser importador líquido de petróleo na década de 2040”, alerta.

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