As fontes eólica, solar fotovoltaica, biomassa e hídrica compõem praticamente toda a matriz elétrica do Rio Grande do Norte, colocando o estado como referência nacional em sustentabilidade energética. De acordo com o Balanço do Setor Elétrico do RN – 1º semestre de 2025, divulgado nesta mês pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, essas fontes representam 99,03% da potência outorgada e 98,5% da potência instalada.
O levantamento mostra que o estado segue expandindo sua contribuição para a matriz elétrica brasileira, cada vez mais renovável, com destaque para a entrada em operação de novos empreendimentos eólicos e solares, que correspondem a 97,5% da potência fiscalizada no território potiguar.
Novos empreendimentos em expansão
Ainda em 2025, está prevista a entrada em operação de 17 novos parques eólicos, que juntos devem acrescentar cerca de 760 MW de potência ao sistema estadual. Nos próximos sete anos, a expectativa é ainda mais ambiciosa: um incremento de 9,5 GW em energia solar fotovoltaica a partir da instalação de novos empreendimentos.
Somente no primeiro semestre deste ano, o estado recebeu nove novos sistemas de geração: sete solares, distribuídos entre os municípios de Açu, São Gonçalo do Amarante, Santana do Matos e Parnamirim; e dois eólicos, em Areia Branca. Juntos, esses projetos adicionaram 256,11 MW de potência instalada.
No setor eólico, o RN já tem 79% da potência outorgada em operação, o que equivale a cerca de 10 GW. Já no segmento solar fotovoltaico, 57 empreendimentos estão ativos, correspondendo a 13% da potência outorgada (1,43 GW). Esses números consolidam o estado como o maior polo de energia renovável do Brasil.
Perspectivas e novos leilões
O boletim também destaca as perspectivas para os próximos anos. A partir dos leilões de transmissão 04/2025 (previsto para outubro deste ano) e 01/2026 (março do próximo ano), o Rio Grande do Norte será contemplado com a instalação de cinco compensadores síncronos. Esses equipamentos são fundamentais para estabilizar os níveis de tensão e frequência do sistema elétrico, aumentando a segurança e flexibilidade da rede. Além disso, ampliam a capacidade de escoamento da energia gerada, garantindo maior eficiência para a expansão da matriz renovável.
O balanço reúne os principais dados sobre a evolução da matriz elétrica potiguar e reforça o papel do estado na liderança da transição energética brasileira. Ao reunir informações sobre usinas em operação, potência outorgada e novos empreendimentos, o documento se torna ferramenta estratégica para investidores, gestores públicos e especialistas do setor.