O Rio Grande do Norte conquistou em agosto a posição de estado com menor custo de mão de obra da construção civil do país, registrando R$ 676,01 por metro quadrado. O resultado, divulgado na quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa um marco histórico para o estado, que pela primeira vez no ano lidera o ranking nacional do setor.
Os dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) mostram que, mesmo com alta de 1,54% na comparação com julho, o Rio Grande do Norte superou todos os demais estados em competitividade de mão de obra para a construção civil.
Escalada rumo à liderança
A trajetória do estado até a primeira colocação foi consistente ao longo de 2025. Nos quatro primeiros meses do ano, o RN ocupava a quinta posição entre os menores custos de mão de obra do país. A melhoria começou em maio e junho, quando avançou para o quarto lugar, acelerando em julho ao alcançar a segunda posição, até conquistar a liderança em agosto.
O custo médio total de construção por metro quadrado no estado foi de R$ 1.729,46 em agosto, com variação de 0,24% – o dobro do crescimento registrado em julho (0,12%). Dessa composição, R$ 1.053,45 correspondem aos materiais, representando mais de 60% do valor total, enquanto o restante refere-se à mão de obra.
No cenário nordestino, o Rio Grande do Norte se destaca pela estabilidade de custos. No acumulado de 2025, o estado registrou alta de apenas 2,65% no custo médio do metro quadrado, ocupando a segunda melhor posição regional, atrás somente da Paraíba (1,85%).
A performance é ainda mais expressiva quando analisados os últimos 12 meses: a variação acumulada de 3,53% em agosto foi a menor de toda a região Nordeste, reforçando a competitividade do mercado local da construção civil.
O Sinapi, resultado da parceria entre IBGE e Caixa Econômica Federal, produz mensalmente dados essenciais para o planejamento de investimentos no setor da construção. O sistema abrange não apenas o setor habitacional, mas também saneamento básico e infraestrutura.
As estatísticas servem como referência fundamental para a programação de investimentos, especialmente públicos, auxiliando gestores na elaboração e avaliação de orçamentos. Os índices também permitem a atualização de valores em contratos, garantindo maior precisão no planejamento de obras em todo o território nacional.