“Sergipe é o país do forró, tem milho, canjica e quentão”, cantava o sergipano Rogério. Conhecido por sua cultura inesgotável, o estado, porém vem se destacando por outras vertentes. Nos últimos anos Sergipe vem se consolidando como uma das capitais nordestinas do esporte nacional e internacional, sediando eventos como os Campeonatos Sul-Americanos de Ginástica Rítmica e Artística, o BT100 de Beach Tennis, o Jungle Fight e o Legends, por exemplo.

Fruto de políticas públicas da Secretaria de Esporte e Lazer e da Secretaria de Turismo de Sergipe, é inegável que o Estado tenha entrado no mapa do cenário esportivo. Em 2024, recebeu 20 competições nacionais e internacionais. Com o crescimento dos números dos torneios, surgem também novas perspectivas turísticas e econômicas. No ano passado, por exemplo, Sergipe sediou o Ironman 70.3, que reuniu cerca de 1.200 atletas de 12 países e atraiu aproximadamente 5 mil visitantes. Segundo Renata Ribeiro, assessora de comunicação da Secretaria de Esporte e Lazer,  a competição movimentou a capital Aracajú, especialmente a Orla da Atalaia, e gerou um impacto econômico estimado em cerca de R$15 milhões.

São elementos que corroboram o turismo esportivo como um importante vértice da economia sergipana. Marcos Franco, Secretário de Estado do Turismo reafirma que a atração desses eventos passa por uma política pública e diz como o Sergipe pode crescer com essas ações. “Ressalte-se que a atração de eventos esportivos para Sergipe é uma política pública de estado, que visa tanto fomentar o esporte local quanto incentivar a economia, por meio da promoção do turismo”, observa. “Assim, os eventos esportivos acabam por movimentar a cadeia produtiva do turismo, com destaque para os segmentos de hotéis, bares e restaurantes, agências de viagens, comércio, entre outros. Consequentemente, contribuem para aquecer a economia local por meio da geração de empregos e renda”.

Nesse sentido, Renata reafirma a importância econômica desses eventos para o estado, além de também destacar as políticas para atrair esses eventos.  “Essas ações, somadas à visibilidade nacional e internacional alcançada com os grandes eventos, têm contribuído para fortalecer a marca de Sergipe como referência no cenário esportivo brasileiro. Mais do que atrair competições, o estado tem colhido os frutos em desenvolvimento econômico, geração de emprego, aumento da ocupação hoteleira e valorização do seu potencial turístico”.

Evidentemente que as ações tomadas pelas secretarias de estado têm seu papel no desenvolvimento de Sergipe como um importante marco esportivo, porém o que mais fez o estado tão atrativo? Para Renata Ribeiro há uma série de razões que ajudam a explicar porque a terra do forró vem se tornando um oásis dos esportes. Entre eles está a localização estratégica, principalmente para competições internacionais, bem como o clima favorável, a segurança e a beleza natural do estado, especialmente de Aracaju. A jornalista também aponta para a mobilização de órgãos públicos para garantir a infraestrutura adequada, além do investimento para a modernização e construção de equipamentos esportivos.

Para este ano, o estado já confirmou  novas edições do Ironman, do BT100, além da etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.

Apesar de Sergipe ter se destacado ao longo de 2024 como um dos principais destinos nordestinos para receber competições esportivas, outros estados da região também possuem destaque, o que mostra a força nordestina para sediar este tipo de evento. Separamos ao menos três competições nacionais ou internacionais que ocorreram nos outros 8 estados do Nordeste entre 2024-2025, que você confere na tabela abaixo: