A Usina Termelétrica Porto de Sergipe 1, operada pela Eneva, recebeu do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) autorização para operar a partir do último dia 26 de setembro. A usina já acumula oito semanas consecutivas de geração, desde 25 de julho, sua maior campanha operacional desde 2021. A reativação da usina vem como resposta ao atual crescimento da demanda energética nacional.
A operação exigirá a importação de quatro cargas de Gás Natural Liquefeito (GNL), com possibilidade de chegar a seis até dezembro caso os despachos se mantenham. Este movimento deve dinamizar os setores logístico e portuário do estado e gerar uma significativa receita tributária. Estima-se que a arrecadação de ICMS sobre a importação do GNL necessário para a usina pode alcançar R$12 milhões apenas no segundo semestre de 2025.
De acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), as operações da termelétrica representam um impulso importante para a economia do estado, trazendo recursos importantes que serão investidos em áreas estratégicas para Sergipe. Além disso, um acordo entre a Eneva e a Sergipe Gás (Sergas) deve gerar uma receita adicional de até R$3,5 milhões para a distribuidora estadual em 2025. A Eneva informou que o Terminal de GNL de Sergipe garantiu a venda de 250 milhões de metros cúbicos de gás natural neste ano, com 45 milhões já regaseificados.
O setor também vê uma perspectiva de expansão com um novo Leilão de Reserva de Capacidade, previsto para março de 2026. Com esse leilão, o hub energético de Sergipe pode aumentar, trazendo mais vagas de emprego e investimento capaz de impulsionar a indústria e fortalecer a infraestrutura de geração de energia do estado.