As  termelétricas Global I e II, localizadas em Candeias, na Bahia, voltaram a funcionar de forma comercial. Em decisão aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as unidades já tem contratos em vigor desde 1º de outubro.

Com capacidade total de 272 MW, as usinas, que pertencem à Global Participações em Energia, terão seus contratos antecipados em nove meses, já que, originalmente, a previsão para a retomada das atividades comerciais das termelétricas era para julho de 2026. A medida foi autorizada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e integra um pacote de ações emergenciais que busca garantir a segurança energética nacional em períodos de alta demanda, como o verão. A decisão foi tomada como medida compensatória após o cancelamento de leilão previsto para junho, que contrataria usinas com início de operação já em setembro.

As termelétricas, que utilizam óleo combustível, atuarão como complemento essencial às fontes renováveis, ajudando a reduzir riscos de déficit energético durante picos de consumo, já que, fontes renováveis, como a solar e a eólica, possuem uma maior imprevisibilidade de produção de energia. Embora representem maior custo operacional e fontes renováveis sejam a prioridade nacional, a entrada antecipada das termelétricas é essencial para manter a produção de energia durante períodos de maior consumo e menor produtividade das fontes renováveis.

Para os consumidores, a medida significa maior segurança no fornecimento e maior estabilidade na conta de luz, que pode ficar mais cara em momentos de déficit energético, especialmente durante a seca, quando a geração de energia através das hidrelétricas é menor. Já para o setor elétrico, a medida demonstrada pela Aneel e CMSE sinaliza a disposição do governo em utilizar todos os instrumentos regulatórios para manter o sistema flexível para passar de forma segura por períodos de maior demanda e menor produção de energia.