A Bahia reafirmou sua posição como locomotiva agrícola do Nordeste nos primeiros três meses de 2025, registrando um desempenho exportador que supera a soma de todos os demais estados da região. Dados do Ministério da Agricultura revelam que o estado movimentou US$ 1,5 bilhão em vendas externas do agronegócio, ante US$ 1,44 bilhão dos outros oito estados nordestinos juntos. O resultado representa crescimento de 9,15% frente ao mesmo período de 2024, quando as exportações baianas somaram US$ 1,37 bilhão.
O cacau emerge como principal estrela desse desempenho, com aumento impressionante de 174,43% nas exportações. O café também apresentou números expressivos, com alta de 144%, seguido por fibras e produtos têxteis (13,7%) e papel e celulose (7,5%). “Estamos colhendo os frutos de investimentos em qualidade e sustentabilidade, além da abertura de novos mercados, especialmente na Ásia”, explica Pablo Barrozo, secretário estadual de Agricultura.
A Bahia exporta atualmente para mais de cem países, com destaque para a China – principal destino da soja e do algodão baiano. Produtos como cacau e derivados têm como principais compradores Argentina, Estados Unidos e países da UE, enquanto frutas como manga e uva abastecem mercados exigentes como Espanha, Reino Unido e Alemanha.
No cenário nacional, o agronegócio brasileiro segue batendo recordes, com US$ 37,8 bilhões em exportações no trimestre – alta de 2,1% ante 2024. O superávit do setor alcançou US$ 32,6 bilhões, reforçando sua importância para a balança comercial do país.
Com investimentos em logística e certificações ambientais, a Bahia se prepara para ampliar ainda mais sua participação no mercado global de alimentos. “Não se trata apenas de volume, mas de agregar valor através da qualidade e sustentabilidade”, conclui Barrozo, sinalizando que o estado pretende consolidar sua posição como hub de exportações agrícolas de alto padrão.