Com foco em posicionar Fortaleza como hub internacional, o governo do Ceará está mirando a América do Sul para ampliar a malha aérea do estado. Segundo o secretário de Turismo, Eduardo Bismarck, o objetivo é expandir a conectividade com países da região e fortalecer o fluxo de visitantes internacionais. O movimento integra uma estratégia para impulsionar o turismo receptivo e consolidar o estado como uma das principais portas de entrada do Brasil.
Atualmente, o Aeroporto Internacional Pinto Martins já conta com voos diretos para Buenos Aires (Argentina), operados pela Gol e Aerolíneas Argentinas, e Santiago (Chile), pela Latam. A previsão é de que a frequência desses voos aumente ainda neste ano. Além disso, uma nova rota entre Fortaleza e Caiena (Guiana Francesa) está prestes a ser inaugurada, com estreia prevista ainda para abril, em parceria com a Azul Linhas Aéreas.
O governo também negocia ativamente novas ligações com Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai, Equador e Bolívia. “Estamos aproveitando a localização estratégica do Ceará para abrir novas portas para o turismo e para os negócios”, afirmou Bismarck ao Diário do Nordeste. A proposta é utilizar a malha regional como suporte para integrar diferentes partes do estado a essas conexões internacionais.
Somente em 2023, o Ceará recebeu mais de 3 milhões de turistas, e a expectativa é aumentar esse número em até 20% com a ampliação das rotas internacionais. O turismo representa cerca de 12% do PIB cearense e gera mais de 150 mil empregos diretos e indiretos.
Além da América do Sul, o governo estadual também pretende retomar voos com a Europa – especialmente com a França e Portugal – e reforçar o diálogo com companhias aéreas como Air France, KLM e TAP, que já operaram na capital cearense antes da pandemia. A ideia é ampliar a presença do Ceará no circuito turístico global, aproveitando o interesse crescente pelo Nordeste brasileiro.