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10 de outubro de 2025 23:21

Comerciantes paraibanos se preparam para dia das mães 2025

Comerciantes paraibanos se preparam para dia das mães 2025

Buscando recuperar o “fôlego” pré-pandemia, comerciantes paraibanos se preparam para o “segundo natal” dos varejistas
Foto: Reprodução/Internet

Mais um dia das mães se aproxima, nesta data, além de celebrar o amor à figura materna, reside no comércio a esperança de um feriado lucrativo. Buscando recuperar o “fôlego” pré-pandemia, comerciantes paraibanos se preparam para o “segundo natal” dos varejistas com altas expectativas em 2025.

Além de procurar saber os preparativos para o feriado deste ano, o Investindo Por Aí também conversou com o Procon – PB para entender como a autarquia pode atuar na defesa dos consumidores de preços abusivos.

Comércio pré e pós-pandemia

Segundo dados do Sebrae, que vem monitorando a evolução do comércio brasileiro, de maneira geral, o setor de vendas do país recuperou a força pré-pandemia. Assim, de acordo com dados da empresa, em 2019 antes da pandemia, o número de microempreendedores individuais (MEIs) ativos no Brasil era de menos de 9,5 milhões. Porém, mesmo diante da crise econômica causada pelo Covid-19 houve um aumento considerável no número de MEIs, que em 2021 chegou a 13,2 milhões, no qual cerca de 50,2% dos MEIs atuavam no setor de Serviços e 29,3% deles, no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.

No primeiro quadrimestre de 2024 foram abertas 1.456.958 empresas, aumento de 26,5% em comparação ao último quadrimestre de 2023. Estes resultados representam um saldo positivo de 602.808 empreendimentos abertos, com o número total de 21.738.420 empresas ativas em 2024. Segundo o Sebrae, cerca de 96% das empresas abertas em 2024 são de pequenos negócios, como microempreendedores individuais.

O comércio brasileiro conseguiu uma significativa recuperação no pós-pandemia. Dessa forma, em 2021, o número de pessoas ocupadas no Comércio cresceu 3,2% frente a 2020, chegando a 10,1 milhões de trabalhadores. No ano de 2022 o número de empregados no setor chegou a 10,3 milhões e o faturamento médio nominal cresceu 9%.

A pandemia não foi de todo mal para o comércio, principalmente em relação ao comércio eletrônico, que foi altamente influenciado pelo período. Dessa forma, entre 2019 e 2022 o faturamento do e-commerce cresceu 225%, refletindo mudanças no comportamento do consumidor e na adoção de compras online. Em 2023, o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$196,1 bilhões, um aumento de 4,8% em relação a 2022. Em 2023 o comércio também voltou a subir, gerando uma alta de 3,8%. Por fim, no ano de 2024 o comércio varejista registrou uma alta de 4,4%.

Segundo o levantamento feito pela agência de classificação de risco Austin Rating a pedido da CNN, e que considera a queda e crescimento acumulado desde 2020 no PIB das principais economias do mundo, a economia brasileira de fato já se recuperou do “tombo” causado pela pandemia. Atualmente, a economia está 4,5% acima do patamar de 2019. Dessa forma, em uma lista com 40 países observados, o Brasil teve a 21ª reação mais rápida em termos econômicos.

Apesar dos números nacionais extremamente promissores, os comerciantes ainda encontram resquícios da pandemia nas contas atuais. É o caso de Gisele Viana, que possui um comércio de artesanato voltado para presentes. “Olha, a pandemia me desequilibrou bastante financeiramente, eu ainda tenho alguns débitos da pandemia em contas que foram negociadas. Mas isso vem sendo colocado em ordem no dia a dia”, afirma.

A empresária ainda conta que percebe uma mudança no perfil do consumidor de sua loja no pós-pandemia, mas conclui que o ano de 2025 não está fácil para o comerciante. “Eu percebo um acréscimo nas vendas pós-pandemia com um ticket médio mais alto. Antes eu fazia bem mais vendas com os preços mais baixos, hoje não são tantas, mas o ticket médio está maior. Nas datas festivas as vendas aumentaram no pós-pandemia, porém a média de vendas, em geral, é a mesma do pré-covid, o que não é bom. O ano de 2025 está sendo bem desafiador, e a reclamação de que as vendas estão baixas parece ser generalizada entre os colegas que também tem loja no shopping.”.

Mesmo com os apertos nas contas, Gisele destaca a importância dos Dia das Mães para o seu comércio e comenta como está a preparação para o ano de 2025. “Por  eu trabalhar com o público feminino, ter esse nicho de presentes e pelo fato de eu criar e personalizar coleções, eu tenho um acréscimo significativo no Dia das Mães, sim”, explica. “Muitas vezes vendo produtos todo ano para os mesmos clientes, mas sempre com uma cara muito mais renovada. Também já estou me preparando para este ano, já mandei desenvolver as minhas embalagens, assim como estou criando a coleção de 2025, buscando trazer produtos criativos, e diferentes”.

Procon

Recentemente, a Autarquia de Defesa e Proteção do Consumidor do Estado da Paraíba (Procon – PB), por meio do Setor de Pesquisa e Estatística, realizou uma pesquisa a respeito da variação de preços nas flores para o dia das mães. A pesquisa, que já é comum nesta data e é repetida em outras feriados, como o dia dos namorados e finados, observou 21 tipos de flores diferentes em 7 estabelecimentos na capital paraibana. O estudo revelou que determinados itens possuem uma variação de preço de até 100%.

Dados como os do Procon mostrados acima, costumam alertar os consumidores a respeito de preços praticados acima da média de mercado, principalmente em datas comemorativas como o dia das mães. Em entrevista ao Investindo Por Aí, a superintendente executiva do Procon – PB, Késsia Liliana explicou quando um preço pode ser considerado abusivo e como o Procon pode agir. “No tocante a preços abusivos, é importante salientar que o preço é livre, não existe um tabelamento de preços e isso é uma forma inclusive de fazer com que o consumidor possa escolher entre estabelecimentos A, B ou C. Porém, quando o preço é demasiadamente elevado, ele precisa de uma justificativa. Portanto, para que nós possamos dizer que um preço é abusivo, é necessário que o fornecedor seja notificado e ele justifique os valores praticados”.

A superintendente comenta que o consumidor precisa ficar sempre atento aos preços de mercado, bem como ficar de olho nas pesquisas realizadas pelo Procon, pois elas visam orientar as pessoas em relação ao preço médio praticado pelo mercado. Além disso, Késsia alerta medidas como o uso do aplicativo Preço da Hora a fim de realizar uma pesquisa de mercado antes de comprar um produto. Por fim, é importante destacar os meios de comunicação do Procon como o WhatsApp (83 98618-8330), no qual a população pode tirar dúvidas e receber sugestões de pesquisas para serem realizadas.

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