O mercado de trabalho formal no Nordeste manteve sua força em julho, gerando 39.038 novos postos de trabalho com carteira assinada. O número, divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e analisado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), representa 30% do saldo nacional e reafirma a resiliência da economia regional.
O desempenho é resultado da diferença entre 322.018 admissões e 282.980 desligamentos no mês. O crescimento de 0,48% no estoque de empregos na região acontece em um cenário de desaceleração nacional, onde o saldo de vagas no Brasil caiu de 166 mil para 129 mil. A participação do Nordeste no total nacional, no entanto, avançou de 22% para 30,1%. No acumulado do ano, a região já soma 202.259 empregos líquidos.
“O Nordeste apresenta um mercado dinâmico, que mostra a força dos setores produtivos da região e a importância das políticas de retomada econômica lideradas pelo Governo Federal”, avaliou o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre.
O crescimento do emprego se espalhou por toda a região, com todos os nove estados nordestinos registrando saldos positivos. A Bahia (9.436), o Ceará (7.424) e Pernambuco (7.377) foram os principais motores, concentrando mais de 60% das novas vagas.
O Piauí se destacou em termos relativos, com a maior taxa de crescimento no estoque de empregos do país (0,80%), empatado com Mato Grosso.
Setor de serviços lidera, com destaque para a construção civil
O setor de Serviços segue como o grande gerador de empregos, com 13.622 vagas criadas. Dentro dele, as atividades administrativas e serviços complementares foram responsáveis por mais de um terço do saldo, somando 5.151 vagas. Outro destaque foi o setor da Saúde, que gerou 3.339 empregos.
Outros segmentos também apresentaram forte recomposição. A Indústria teve um saldo positivo de 9.606 vagas, impulsionado por Bahia, Ceará e Pernambuco. A Construção Civil registrou um resultado favorável de 5.868 novos postos, representando um salto na sua participação no saldo regional, passando de 2,8% em junho para 15% em julho.
Comércio e agropecuária também contribuíram para o bom desempenho. O Comércio marcou 5.102 vagas, com Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte à frente. A Agropecuária, impulsionada especialmente pelo Rio Grande do Norte e Pernambuco, somou 4.834 vagas.