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16 de outubro de 2024 08:04

FMI atualiza relatório sobre economia global e eleva projeção de crescimento do Brasil

FMI atualiza relatório sobre economia global e eleva projeção de crescimento do Brasil

Economia mundial desacelera, mas Brasil mantém trajetória de expansão

O Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma atualização de seu relatório Panorama Econômico Mundial divulgado nesta terça-feira (10), aponta que a economia global continua em crescimento, mas experimenta uma desaceleração. No entanto, há boas notícias para o Brasil, já que o FMI revisou para cima suas projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano.

O FMI manteve sua estimativa de crescimento da economia mundial para 2023 em 3%, com uma redução para 2,9% em 2024, representando uma diminuição de 0,1% em relação ao relatório de julho.

Reprodução

Por outro lado, o Brasil destaca-se com previsões mais otimistas. O Fundo projeta um crescimento de 3,1% para a economia brasileira neste ano, um aumento de 1 ponto percentual em comparação com o documento anterior. Para 2024, a estimativa é de um avanço de 1,5%, o que representa um incremento de 0,3 ponto em relação às projeções de julho.

O Banco Central, em seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado em setembro, já havia elevado a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano, passando de 2% para 2,9%. Para 2024, a estimativa é de um crescimento de 1,8%. Notavelmente, o governo brasileiro revisou suas previsões em julho, elevando a expectativa de crescimento do PIB deste ano para 2,5%.

O relatório do FMI destaca que a economia global continua a se recuperar dos impactos da pandemia, das consequências da invasão russa na Ucrânia e do aumento do custo de vida, impulsionado pela persistente inflação em vários países.

Apesar de setores como energia e alimentos terem sido afetados pela guerra e das medidas de aperto monetário implementadas para combater a alta inflação, a atividade econômica desacelerou, mas não chegou a estagnar, como observa o FMI. No entanto, o crescimento permanece lento e desigual, contribuindo para o aumento das incertezas.

O relatório também aponta que a inflação global básica está em desaceleração, indo de 9,2% em 2022, em base anual, para 5,9% este ano, com previsão de chegar a 4,8% em 2024. Muitos países podem não retornar aos níveis pré-pandêmicos antes de 2025.

Nos Estados Unidos, o índice de preços deve fechar o ano em 4,1%, caindo para 2,8% em 2024. O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que mantém as taxas de juros no maior patamar desde 2001, busca uma meta de 2%. Quanto ao Brasil, a projeção é de 4,7% de inflação em 2023, com expectativa de desaceleração para 4,5% em 2024. Em julho, a estimativa era de 6,8% para 2023.

O relatório do FMI destaca ainda que estão surgindo divergências importantes, resultando em níveis de atividade econômica em algumas regiões muito abaixo das projeções pré-pandêmicas. A desaceleração é mais acentuada nas economias avançadas do que nas emergentes e em desenvolvimento.

Entre as economias avançadas, a perspectiva de crescimento dos EUA foi revisada para cima, impulsionada pelo consumo e investimento, passando para 2,1% em 2023, contra uma estimativa anterior de 1,8%. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 1,5%, um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com julho.

Por outro lado, a atividade na zona do euro foi revisada para baixo. Muitas economias de mercados emergentes demonstraram resiliência, com a exceção da China, devido à sua crise imobiliária e à diminuição da confiança. O gigante asiático deve crescer 5% em 2023, um pouco abaixo dos 5,2% projetados em julho. Em 2024, o avanço deve chegar a 4,2%, representando uma queda de 0,3 ponto.

O relatório destaca que a inflação e a atividade econômica estão sendo moldadas pelo choque nos preços das commodities do ano passado. As economias altamente dependentes das importações de energia da Rússia enfrentaram aumentos mais significativos nos preços da energia e uma desaceleração mais pronunciada. O repasse dos preços mais altos da energia contribuiu para o aumento dos preços na zona do euro.

Segundo o Panorama, os países estão em diferentes estágios de suas políticas de aumento das taxas de juros: as economias avançadas (com exceção do Japão) estão se aproximando do pico, enquanto algumas economias de mercados emergentes que começaram a elevar as taxas mais cedo, como o Brasil e o Chile, já iniciaram processos de flexibilização. As condições de crédito mais restritivas estão impactando os mercados imobiliários, os investimentos e a atividade econômica, principalmente em países com maior presença de hipotecas com taxas ajustáveis ou onde as famílias estão menos dispostas ou aptas a usar suas economias. As falências de empresas estão aumentando em algumas economias, embora ainda partam de níveis historicamente baixos.

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