O Banco Central (BC) divulgou na manhã desta quinta-feira(28), no Relatório Trimestral de Inflação, uma revisão significativa na projeção de crescimento da economia brasileira para este ano. A estimativa anterior para o crescimento do PIB era de 2% e foi ajustada para 2,9%. Para o ano de 2024, o BC projeta um crescimento de 1,8%.
De acordo com o BC, o crescimento deste ano foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que, segundo o banco, representa um fator “transitório”. Como resultado, espera-se que o crescimento em 2024 seja mais modesto e homogêneo.
O relatório afirma: “Alguns dos fatores que explicam o forte crescimento no primeiro semestre de 2023 são transitórios, como o desempenho da agropecuária“.
A atividade econômica surpreendeu positivamente nos primeiros três meses do ano, registrando um crescimento de 1,8%, superando amplamente as expectativas.
No segundo trimestre, a economia ainda manteve um ritmo sólido de crescimento, com uma alta de 0,9%, também acima das expectativas do mercado.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda revisou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), aumentando-a de 2,8% para 3,2% neste ano, conforme indicado no Boletim Macrofiscal.
Em relação à condução da política de juros, o BC reiterou seu compromisso de manter o mesmo ritmo de cortes de meio ponto percentual. Nas duas reuniões anteriores, o BC já reduziu a taxa Selic de 13,75% para 12,75%. O mercado financeiro projeta que a taxa encerrará o ano em 11,75%, com mais dois cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
O BC destacou: “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.