O Ibovespa retoma a marca de 115 mil pontos nesta tarde de quinta-feira. Em alta desde a abertura, o movimento é amparado pelo ambiente externo mais favorável a ativos de risco e um clima menos pessimista em torno da cena fiscal, além de resultados positivos de balanços.
Foi aprovado o texto-base da PEC Emergencial em segundo turno na Câmara. Agora os deputados devem analisar os destaques. Desta vez, a expectativa é que o processo seja menos tenso que ontem, quando o governo e aliados tiveram de negociar destaques para evitar uma desidratação ainda maior da PEC.
Às 15h13, o índice tinha alta de 1,57%, aos 114.552 pontos, bem perto da máxima no dia, de 114.732 pontos. O giro financeiro é de R$ 19,4 bilhões com projeção de chegar a R$ 29,342 bilhões no fim do pregão.
Entre os destaques de alta estão CCR e Ecorodovias que ganham cerca de 10%. De acordo com profissionais de mercado, o movimento é decorrente da queda das taxas de juros, com amenização do risco fiscal. Esses papéis são muito comparados a renda fixa devido ao modelo de negócios com concessões.
“Aprovação da PEC, ambiente externo mais tranquilo com Treasury caindo e cenário mais positivo com mais vacinas chegando no Brasil sustentam o movimento”, diz um gestor.
Esse respiro de juros também se aplica a ações de administradores de shoppings, que ganham terreno a despeito das restrições anunciadas em São Paulo para tentar coibir o avanço da covid-19. Há pouco, BRMalls subia 7,68% e Mutiplan ganhava 7,58%.
“Quando a gente coloca na conta o bom humor dos mercados hoje, setores que têm sido mais penalizados tendem a recuperar um pouco de terreno perdido. Mas ainda não parece ser algo estrutural”, explica o analista Henrique Esteter, da Guide.
Dentre as bluechips, Vale ON subia 2,66%, enquanto Petrobras ON ganhava 3,36% e Petrobras PN avançava 4,88%.