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17 de maio de 2024 16:15

Inflação em outubro tem a maior escalada mensal desde 2002

Inflação em outubro tem a maior escalada mensal desde 2002

São Luis e Salvador têm maiores altas no IPCA entre as capitais do Nordeste

O Brasil registrou em outubro a maior taxa mensal de inflação desde 2002. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 1,25% no mês passado, excedendo a média de previsões de economistas.

 

O resultado da inflação em outubro foi superior até mesmo da taxa registrada em setembro, de 1,16%. Desde janeiro, o IPCA acumulado é de 10,67%. O indicador é o dobro do teto estabelecido para o ano, de 5,25%, conforme definição do Banco Central.

 

O impacto principal no índice (0,55 ponto percentual) foi na categoria de transportes, gerado pela alta da gasolina (de 3,10% em outubro, acumulando 42,72% de aumento nos últimos 12 meses). Combustíveis, de forma geral, também levaram o preço das passagens aéreas subirem 33,86% no mês – um fato somado à retomada da demanda turística e à flexibilização de vários países para receber brasileiros. Esses itens são fortemente influenciados pela desvalorização do Real frente ao dólar, que esteve acima de R$ 5.

 

Mas além do item de transportes, todas as demais categorias medidas pelo IBGE para compor o IPCA sofreram altas, pressionados pelos valores de fretes – além do próprio impacto do dólar em setores que dependem de insumos importados. O setor de alimentos e bebidas registrou aumento de 0,24 ponto percentual

 

 

 

Nordeste

 

Das 16 capitais brasileiras e suas regiões metropolitanas monitoradas pelo IBGE para o IPCA, 12 registraram alta superior a dois dígitos (acima de 10%).

 

No Nordeste, a maior alta no IPCA em outubro foi verificada em São Luis (MA) de 1,38%, seguida por Salvador (BA), com aumento de 1,22%. Aracaju (SE), Fortaleza (CE) e Recife (PE) são outras três capitais acompanhadas pelo IBGE para a construção do índice, e alcançaram altas de 1,14%, 0,96% e 1,09%, respectivamente.

 

No Brasil, Goiânia e Grande Vitória despontam com a maior alta no índice no mês passado, igualmente em 1,53%. Depois delas, o destaque é para Curitiba (PA), com IPCA variando 1,45% no mês, mas com a maior inflação acumulada no ano – de 13,48%.

 

A escalada da inflação em todo o País e o descontrole da meta fez com que o mercado revisasse novamente a projeção da taxa básica de juros (Selic) para 2022. Ela é usada como medida central de controle do crédito e da pressão do consumo sobre os preços. Segundo economistas e analistas ouvidos para a elaboração do Boletim Focus do Banco Central (divulgado na última segunda-feira, 8 de novembro), a Selic deve chegar a 12% no próximo ano.

 

 

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