
O Governo do Rio Grande do Norte oficializou na primeira quinzena de outubro a criação da Política Estadual de Incentivo à Exportação, o Programa RN+ Exportação. O decreto, assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT), tem como meta aumentar a competitividade das empresas potiguares no comércio exterior e diversificar a pauta de produtos exportados pelo estado.
De acordo com o texto, a iniciativa busca inserir as empresas locais de forma mais competitiva no mercado internacional, priorizando bens e serviços de maior valor agregado. O programa também pretende fortalecer arranjos produtivos com potencial exportador, além de estimular inovação, qualificação de mão de obra e melhorias nos processos produtivos.
A coordenação ficará sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedec), em articulação com outros órgãos públicos e entidades privadas. Estão previstos instrumentos como capacitações, missões técnicas, rodadas de negócios, promoção comercial e facilitação de crédito para exportação.
O decreto também institui um Comitê Gestor, com representantes de diversas secretarias — entre elas Fazenda, Agricultura, Planejamento e Saúde — responsável por monitorar metas, aprovar planos de trabalho e propor diretrizes estratégicas. A Secretaria da Fazenda contribuirá com dados econômicos não sigilosos para subsidiar o acompanhamento e a avaliação de resultados.
O RN+ Exportação será financiado com recursos do orçamento estadual destinados à Sedec e contará com parcerias estratégicas. Segundo o governo, a expectativa é ampliar a presença potiguar no mercado internacional, criando novas oportunidades de negócios e empregos.

De acordo com os dados da plataforma Comex Stat (MDIC, 2025), o transporte marítimo foi o modal mais utilizado nessas transações. No recorte por blocos econômicos, a América Central e Caribe se consolidaram como o principal destino das exportações do RN em 2025, representando 40% do total (US$ 264,7 milhões). Na sequência, estão a Europa, com 23% (US$ 152,6 milhões); a União Europeia, com 18% (US$ 121,6 milhões); a América do Norte, com 15% (US$ 96,8 milhões); e a Ásia (exclusive Oriente Médio), com 4% (US$ 24 milhões).
“A abertura de novos mercados mostra que o RN está cada vez mais preparado para competir internacionalmente. Isso é fruto de um trabalho contínuo de fortalecimento da economia, apoiando empresas locais e garantindo a presença de nossos produtos em diferentes regiões do mundo”, afirma Alan Silveira, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado.
Entre os novos destinos, destacam-se as exportações de açúcares de cana, que movimentaram US$ 4,8 milhões para a Geórgia e US$ 1,6 milhão para a Mauritânia.
Segunda a governadora Fátima Bezerra no dia da assinatura do programa, agora, com o RN+ Exportações, o foco maior será dado no acesso de micro, pequenas e médias empresas ao mercado internacional, inserindo-as no mercado global e diversificando a pauta exportadora.