Se no passado o cultivo da cana-de-açúcar era visto como atividade pouco benéfica ao solo, hoje práticas modernas comprovam o contrário. A Usina Caeté é um dos exemplos dessa mudança, com ações que conciliam produtividade agrícola e sustentabilidade.
Abril, mês em que se celebra o Dia Nacional da Conservação do Solo (15), encerra-se com destaque para o uso de tecnologias que não apenas protegem os recursos naturais, mas também geram ganhos econômicos.
Práticas adotadas pela Caeté
Segundo o superintendente Agroindustrial da Caeté, Mário Sérgio Matias, a empresa implementa diversas estratégias para conservar o solo e otimizar o uso da água. Entre elas está a rotação de culturas com preparo reduzido, aliada a sistemas de irrigação mais eficientes, que promovem o uso racional da água.
A colheita mecanizada também é destaque, substituindo métodos antigos que dependiam do uso do fogo. “Com a mecanização, extinguimos o uso do fogo na despacha na pré-colheita para a conservação da umidade do solo através da palhada da cana”, explica Matias. O termo “despacha” refere-se ao processo de transporte e entrega da cana-de-açúcar colhida da lavoura à usina para moagem e transformação em açúcar e etanol.
Outro ponto importante é o uso de bioinsumos, que revitalizam a biologia do solo, auxiliam no controle de pragas e permitem a redução do uso de adubos e defensivos químicos — insumos que, em excesso, podem causar acidificação do solo.
Impactos na produtividade
Essas práticas sustentáveis já mostram resultados concretos. “Mesmo diante das adversidades climáticas, observamos uma melhoria de 15% na qualidade da matéria-prima e uma redução na necessidade de renovação dos canaviais de 18% para 10% ao ano. Isso representa queda nos custos operacionais e aumento da rentabilidade da empresa”, afirma Matias.
Além do ganho produtivo, as ações também fortalecem a posição da empresa no mercado. “Com essas práticas, a Usina Caeté se qualifica para certificações como Bonsucro, RenovaBio e diversas ISOs. Elas são essenciais para atuar nos setores de alimentos e energia, que estão cada vez mais exigentes”, conclui o superintendente.