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11 de setembro de 2025 12:44

Ações socioambientais da Usina Caeté no Nordeste reforçam agenda ESG e valorizam comunidades locais

Ações socioambientais da Usina Caeté no Nordeste reforçam agenda ESG e valorizam comunidades locais

“Quando se trabalha com sustentabilidade, é possível ter um ciclo de melhoria contínua", observa o Coordenador de Gestão Ambiental da empesa, Yuri Barbosa
Foto: Reprodução/Internet

A Usina Caeté, uma das maiores referências no setor sucroenergético do Brasil, vem desenvolvendo cada vez mais ações que geram benefícios concretos para as comunidades locais e preservam o meio ambiente nordestino. Yuri Barbosa dos Santos, coordenador do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Usina Caeté em Alagoas, afirma que a sustentabilidade é parte integrante da política da empresa e que “ela é vista como um pilar fundamental para a longevidade, competitividade e geração de valor.” 

Desde a década de 60, a companhia carrega um histórico de responsabilidade social que se estendeu por décadas, com boas práticas operacionais e ambientais em processo de aperfeiçoamento contínuo. Atividades como fertirrigação com vinhaça, geração de bioenergia, investimento em ações de conservação com a manutenção de matas e criação de Reservas Particulares (RPPN), adoção de padrões globais (ESG, ODS) e aumento da transparência com os relatórios de sustentabilidade são exemplos dessas práticas.

Yuri também explica que a empresa integra o Plano de Ação Estadual para Conservação do Papagaio Chauá e do Papagaio do Mangue, conduzido pelo Ministério Público Estadual, atuando na conservação da biodiversidade e recuperação de espécies ameaçadas de extinção. Em relação ao uso da água, a Usina utiliza recursos hídricos devidamente outorgados. “Um dos pilares da gestão hídrica e de resíduos da Usina Caeté é a Fertirrigação com vinhaça nos canaviais, reduzindo o consumo de água e diminuição do uso de fertilizantes minerais. A empresa investe em sistema de irrigação baseado em princípios de eficiência hídrica e nutricional, como o gotejamento”, afirma o coordenador  do SGA da Usina Caeté.

Na gestão sustentável do solo, o profissional destaca o aumento da colheita mecanizada, que reduz a prática da Queima Controlada – uso planejado e controlado do fogo para fins agrossilvipastoris (agricultura, silvicultura e pecuária) ou fitossanitários em propriedades rurais, com o objetivo de melhorar a saúde do solo, controlar pragas e doenças, e facilitar o manejo da vegetação. “Mesmo devidamente autorizada pelo órgão ambiental estadual, o compromisso com a redução da queima traz benefícios como a melhoria da qualidade do solo e redução da poluição do ar”, explica Yuri.

De olho no social

A Usina Caeté mantém um projeto educacional que oferece cursos de Educação Infantil e Educação Fundamental para crianças e adolescentes, garantindo o acesso ao ensino de qualidade para filhos de colaboradores e crianças da comunidade. Yuri afirma que mais de 15.000 jovens já participaram do processo educacional da companhia, que é certificada pela Fundação Abrinq como “Empresa Amiga da Criança”.

Além disso, a empresa recebe estagiários e desenvolve programas de formação profissional, como trainees. “Muitos dos participantes tiveram a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, fazendo parte, inclusive, do quadro de colaboradores das empresas do Grupo Carlos Lyra, o qual a Usina Caeté pertence”, afirma Yuri.

Além de projetos educacionais, a companhia também apoia projetos de Apicultura nas cidades de Barra de São Miguel e Roteiro ao ceder áreas remanescentes de Mata Atlântica para apicultores locais, promovendo a produção sustentável de própolis vermelha e mel.

O Projeto de Apicultura na comunidade Reserva Palatéia, por sua vez, tem a parceria firmada com o Sebrae e com o Instituto Beeva, fornecendo capacitação e suporte técnico para 25 produtores no manejo sustentável, o que contribui para o desenvolvimento da cadeia produtiva da comunidade. 

Além disso, a Usina Caeté apoia a AMAJE – Associação das Mulheres em Ação de Jequiá da Praia, com a cessão de área para a associação desenvolver suas atividades de reaproveitamento da casca do siri na produção de adubo orgânico. “Todas essas ações e atividades reforçam nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização das comunidades locais”, afirma Yuri Barbosa.

Economia e volatilidade climática dificultam expansão de ações socioambientais

Manter e ampliar as ações socioambientais não é uma tarefa fácil. O coordenador da SGA explica que, como em qualquer empresa de agronegócio, os desafios estão diretamente ligados a dificuldades econômicas e à volatilidade climática, uma vez que exigem recursos contínuos.

No entanto, Yuri afirma que o compromisso da Usina com a sustentabilidade a faz pensar em ações para amplificar as iniciativas. “O fortalecimento de programas de monitoramento da fauna e flora, parcerias com instituições ambientais e de pesquisas, expansão de atividades qualificadas de educação ambiental, com o desenvolvimento de materiais didáticos (em andamento) e programa de visitação controlada são alternativas que buscamos.”

Para medir e comunicar os resultados dessas ações, a companhia publica anualmente Relatórios de Sustentabilidade, elaborados com base nas diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). Além disso, o relatório alinha suas ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstrando como suas iniciativas contribuem para as metas globais de desenvolvimento. 

Metas para o futuro e redução de impacto ambiental

Em ano de COP, empresas discutem como manter a agenda ESG nas corporações e o que fazer para reduzir o impacto ambiental. Nas metas específicas de redução de impacto ou neutralização de carbono da Usina, por exemplo, Yuri explica que a companhia é certificada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no âmbito do RenovaBio, que permite que ela gere Créditos de Descarbonização (CBIOs). “Cada CBIO representa uma tonelada de carbono equivalente que deixou de ser emitida para a atmosfera, em comparação com os combustíveis fósseis”, explica o coordenador. “Quando se trabalha com sustentabilidade, é possível ter um ciclo de melhoria contínua.”

Sobre os projetos futuros, a Usina Caeté aumentará as áreas de proteção com a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Nacional – RPPN’s, além de desenvolver atividades de educação ambiental em municípios onde atua, através de parcerias com instituições ambientais.

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