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18 de setembro de 2024 20:14

Artigo exclusivo: O legado cívico de Zumbi dos Palmares

Artigo exclusivo: O legado cívico de Zumbi dos Palmares

George Santoro defende que Quilombo dos Palmares, em Alagoas, seja reconhecido como Patrimônio da Humanidade

Zumbi dos Palmares desempenhou um papel crucial na história do Brasil, tornando-se um símbolo de resistência e luta contra a opressão. Sua liderança no Quilombo dos Palmares destacou a busca pela liberdade e igualdade, valores fundamentais para a construção de uma democracia robusta. Ao desafiar o sistema escravista e promover a autonomia de sua comunidade, Zumbi contribuiu para o desenvolvimento de ideais democráticos que transcendem fronteiras temporais, inspirando a busca por justiça e inclusão social.

Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga | Reprodução

A trajetória de Zumbi dos Palmares ressoa significativamente na luta pelos direitos civis e no combate à discriminação. Seu papel como líder quilombola não apenas desafiou a instituição da escravidão, mas também representou uma resistência firme contra a discriminação racial.

A busca de Zumbi por uma sociedade mais justa e igualitária reflete diretamente nos princípios fundamentais dos direitos civis, reforçando a ideia de que todas as pessoas têm o direito inalienável à liberdade e igualdade. Seu legado serve como um farol, iluminando a importância contínua da luta contra a discriminação e a promoção de uma sociedade onde todos possam desfrutar plenamente de seus direitos civis, independentemente de sua origem étnica.

Assim, nada mais simbólico, que a Serra da Barriga, local emblemático que abrigou o Quilombo dos Palmares e foi palco da resistência liderada por Zumbi, ser reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Este sítio histórico não apenas testemunhou a luta pela liberdade e igualdade, mas também simboliza a riqueza cultural e a diversidade que moldaram a história do Brasil.

Ao receber o título de Patrimônio da Humanidade, a Serra da Barriga ganharia visibilidade global, destacando-se como um local de importância universal, onde a tenacidade humana contra a opressão e a busca por justiça são celebradas. Esse reconhecimento não só preservaria um legado valioso, mas também inspiraria futuras gerações a valorizar e proteger as heranças culturais que moldaram nosso mundo.

O título também ajudaria a impulsionar o turismo étnico e identitário, promovendo a preservação cultural e a conscientização histórica. O que iria gerar empregos, negócios e desenvolvimento econômico e social.

Colunista Convidado

George Santoro é Secretário Executivo do Ministério dos Transportes e ex-secretário da Fazenda de Alagoas

 

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