A produção industrial brasileira acumula quatro meses de queda, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, o recuo foi de 0,4% frente a agosto. Desde junho, o retrocesso acumulado é de 2,6%.
Mas há sinais positivos de retomada durante o ano, com alta de 7,5% desde janeiro e de 6,4% nos últimos 12 meses. Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal.
Os dados fechados em setembro apontam que a indústria ainda está 3,2% abaixo do contexo pré-pandemia, cujo mês de referência é fevereiro de 2020. Na comparação com o recorde de produção, verificado em maio de 2011, os resultado atuais estão 19,4% inferiores.
Entre as principais quedas , destacam0se equipamento de transporte (-7,6%), itens em ouro, calçados e artigos para viagem (-5,5%) e metalurgia (-2,5%). Ao todo, 10 das 26 atividades monitoradas registraram recuo na produção. Foi o caso também de produtos alimentícios (-1,3%), bebidas (-1,7%), móveis (-3,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,7%).
Na agropecuária, as condições climáticas negativas são a explicação para a retração na lavoura de cana-de-açúçar, além da interrupção das exportações de carne para a China.
Outras 14 atividades registraram alta, como produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%), outros produtos químicos (2,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%) e máquinas e equipamentos (1,9%). O segmento de bens de capital (15%) foi a única grande categoria econômica a avançar significativamente, conforme ressaltou o IBGE.
Nordeste
Os dados regionais da Produção Industrial Mensal referentes a setembro ainda não foram divulgados pelo IBGE. Em agosto, a atividade havia caído 3,5% na comparação com julho de 2021, fechando o acumulado do ano com resultado de -3,7% na comparação com o mesmo período de 2020 (janeiro a agosto).
Os melhores resultados concentraram-se nas atividades têxtil e itens para vestuário, respectivamente com altas de 39,8% e 44,4% no acumulado do ano frente ao mesmo período de 2020. O destaque foi positivo também para produção de metal, máquinas e equipamentos elétricos, produtos químicos, além de fabricações de artefatos em couro – todos com crescimento acima de dois dígitos.