Por Potiguar Notícias
Em reunião na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, a venda do Polo Potiguar para a 3R Petroleum foi tema de debate sobre os impactos sociais e econômicos da venda dos ativos da Petrobras no estado. Com a venda da bacia, a Petrobras deve deixar produção no Rio Grande do Norte no primeiro trimestre de 2023. A venda da estatal ocorreu em janeiro deste ano e envolveu 22 concessões de campos de produção, junto com a infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar. Com contrato assinado no valor de US$ 1,38 bilhão, a Petrobras deve encerrar suas operações de produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte até o primeiro trimestre de 2023.
Após a compra, a 3R ficará com cerca de 80% da estrutura montada pela Petrobras no estado ao longo de mais de 40 anos. Os campos petrolíferos de Macau e Areia Branca devem receber, ao longo dos próximos 11 anos, um volume da ordem de R$ 7,3 bilhões, de acordo com o programa de investimentos preliminares da empresa. Outros polos foram adquiridos também por outros produtores independentes. O início da transição ainda depende do resultado da análise da venda pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Ricardo Savini, durante a Audiência Pública “Os impactos na Economia Potiguar com a venda dos ativos da Petrobras”, que aconteceu na Assembleia Legislativa do RN (ALRN) no último dia 17 de março. De acordo com o CEO da empresa, os níveis antigos de produção do Polo Potiguar, que chegaram a atingir patamares em torno de 37 mil, podem passar a 50 mil barris por dia. O objetivo é retomar essa produção em pouco tempo. “De 2009 a 2016, a produção ficou bastante estática nesses campos. A partir de 2015 e 2016, houve um grande declínio e hoje esse polo produz 20 mil barris. Nosso target (objetivo) é rapidamente retomar, nesse polo, a produção de 50 mil barris por dia”, afirmou.