Por Ingrid Coelho
Para Diário do Nordeste
O Ceará é o segundo estado mais inovador da região Nordeste e o 11º do País, conforme o Índice de Inovação dos Estados 2021, divulgado na manhã desta quarta-feira (29) pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). O índice considera dados de 2019 e 2020, portanto, não refletem ainda de forma significativa os efeitos da pandemia no funcionamento das indústrias.
De acordo com o índice, que está em sua terceira edição, a pontuação do Ceará ficou em 0,223. A taxa é composta pelo Índice de Capacidades, no qual o Ceará obteve nota 0,259, e o Índice de Resultados (0,187).
VEJA A POSIÇÃO DE CADA ESTADO:
- São Paulo: 0,796
- Santa Catarina: 0,508
- Rio Grande do Sul: 0,448
- Rio de Janeiro: 0,441
- Paraná: 0,420
- Minas Gerais: 0,352
- Distrito Federal: 0,273
- Amazonas: 0,258
- Espírito Santo: 0,244
- Pernambuco: 0,237
- Ceará: 0,223
- Goiás: 0,215
- Rio Grande do Norte: 0,206
- Bahia: 0,191
- Paraíba: 0,178
- Sergipe: 0,162
- Mato Grosso do Sul: 0,155
- Mato Grosso: 0,150
- Pará: 0,141
- Roraima: 0,115
- Rondônia: 0,113
- Maranhão: 0,108
- Acre: 0,100
- Piauí: 0,098
- Amapá: 0,095
- Alagoas: 0,088
- Tocantins: 0,072
Ao apresentar os resultados durante o evento online Inova Ceará 2021, o gerente de produtos do Observatório da Indústria do Ceará, Elton Freitas, pontuou que existe uma espécie de entre o “transbordamento das capacidades que vem sendo criadas” e os resultados. “Há uma carência de transbordamento da capacidade criada em resultados melhores“, afirmou, destacando aspectos importantes como um ambiente melhor para o desenvolvimento das startups e melhoria da competitividade global.
Em relação à melhoria da competitividade global, ele avalia que é preciso inserir na pauta exportadora produtos de média e alta tecnologia. Nesse indicador, o Estado ocupa a 14ª posição do País. “Ainda possui uma pauta voltada para produtos de baixa ou média tecnologia”.
OUTROS ESTADOS
Em primeiro lugar na região Nordeste no Índice de Inovação dos Estados aparece Pernambuco, que ficou em 10º lugar no País. “Pernambuco tem se posicionado melhor ao abrigar parques, incubadoras e aceleradoras”, explica Elton Freitas. Os primeiros lugares em âmbito nacional no Índice de Inovação são ocupados por São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.
EFEITOS DA PANDEMIA NO MERCADO DE TI
Também durante o Inova Ceará, que está em sua 15ª edição, o sênior executive partner do Grupo Gartner, Nei Silvério, falou sobre estratégias que podem ajudar a reter os profissionais da área de Tecnologia da Informação.
Ele pontuou que, após a vacinação, as empresas se preparam para viver um momento híbrido (home office + presencial) e que os profissionais têm buscado cada vez mais autonomia para atuar em casa, com flexibilidade de horário.
Silvério lembra que, diante desse cenário, nem sempre esses profissionais tem deixado as empresas em busca de maior salário, “mas sim por mais flexibilidade”. “A flexibilidade de trabalho afeta a intenção dele de ficar”.