Por Agência Brasil/Diário do Nordeste
A produção industrial no Ceará registrou alta de 6,0% em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). O levantamento foi divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo a pesquisa, 11 dos 15 locais analisados registraram alta, mesmo após recuo de 2,2% em janeiro devido, principalmente, a férias coletivas, muito comuns para esse período do ano.
Os principais destaques em fevereiro foram:
- Pará (23,9%)
- Pernambuco (10,2%)
- Amazonas (7,8%)
- Minas Gerais (7,3%)
- Ceará (6,0%)
- Região Nordeste (5,1%)
- Bahia (3,4%)
- Goiás (1,4%)
- Paraná (1,3%)
- Santa Catarina (1,1%)
- São Paulo (1,1%)
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o Pará se destacou principalmente pelo desempenho positivo do setor extrativo.
Alimentos e transporte
A alta em Pernambuco deve-se ao setor de alimentos, em especial o açúcar, e ao setor de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas. O estado também vem de dois meses negativos com perda de 7,6%. No Amazonas, o aumento é devido aos setores de bebidas e informática.
O crescimento de São Paulo se baseia no desempenho dos setores de veículos e o de outros equipamentos de transportes. “São Paulo responde por aproximados 34% do parque industrial nacional, mas está 2,3% aquém do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 24,2% abaixo do patamar mais alto, atingido em março de 2011”, disse o pesquisador.
No campo negativo, na passagem de janeiro para fevereiro, Mato Grosso lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%.
Para o IBGE, a queda vem do setor de alimentos, o mesmo que, nos meses anteriores, vinha trazendo crescimento com o fim do embargo da China à importação de carnes brasileiras. “Em fevereiro, vimos apenas uma redução na produção para adequação estratégica entre oferta e demanda”, afirmou Almeida.
No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). “Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. No início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, afirmou o analista da PIM Regional.