Criptoativos lhe parecem distantes, difíceis de entender ou usar? Pois é, mas isso não passa de um mito, a usabilidade é mais fácil que do nosso e-mail. Alguns até chamam de “dinheiro mágico”. Dólar é dinheiro, mas não é uma rede de pagamento, enquanto cartões de crédito são redes de pagamento, mas não são dinheiro. Bitcoin consegue ser ambos, é a nova forma de dinheiro que vive exclusivamente na internet de forma descentralizada. Em seu núcleo, o Bitcoin é uma espécie de sistema monetário, em que qualquer pessoa poderá interagir através do protocolo, que é um código aberto, para transferir de uma carteira para outra, independentemente do local. Não é necessário qualquer intermediador.
Basicamente, o Bitcoin permite que qualquer usuário emita chave privada da sua própria riqueza. É construído com a chave privada de protocolos públicos. É como um cofre transparente em que todos conseguem ver o que tem dentro, mas só quem possui a chave privada pode abrir. E cuidado: se perder a chave privada, você perdeu seus fundos. A chave privada confere autenticidade e confiabilidade aos seus criptos.
Para novos usuários, Bitcoin pode ser um conceito difícil de ser entendido. Ele não é feito no solo, não é subterrâneo e não está em qualquer lugar físico. Mas podemos alinhar seu conceito com algo conhecido: o ouro. Você já cansou de ouvir que o Bitcoin é o ouro digital, mas na prática, como funciona?
Sabemos que existe uma quantidade “X” de ouro no planeta. À medida que esse ouro é extraído, a quantidade existente irá diminuindo. Bitcoin tem o mesmo conceito. Até 2140 o Bitcoin será considerado 100% “extraído”, o que impede a emissão de novos Bitcoins para cobrir qualquer tipo de manipulação monetária.
Vamos pensar assim: sabemos que o nosso dinheiro que está no banco hoje é virtual. Se todos fossem sacar seu dinheiro no mesmo dia, o banco entraria em colapso e, provavelmente, seria necessária a emissão de moeda, o que tornaria um caos o sistema monetário. Bitcoin tem a característica de escassez como o ouro.
Nosso intuito é que o assunto seja disseminado de forma mais segura. Informação é nossa maior aliada. O próprio White Paper (fundamento da criptomoeda descrito pelo próprio fundador) do Bitcoin é uma leitura de nove folhas e que é obrigatória para aqueles que querem entender o assunto e pode ser encontrado https://bitcoin.org/files/bitcoin-paper/bitcoin_pt_br.pdf. Aproveite a leitura!
Agora que eu entendi, como faço para comprar ou ingressar no mundo de criptoativos?
Passo 1: Crie sua conta em uma corretora confiável e que demonstre liquidez
Da mesma forma que você escolhe um banco, você vai precisar escolher sua corretora. Após a escolha, efetue seu cadastro para abertura de conta com seu endereço de e-mail ou número de celular e escolha uma senha forte. Normalmente, as corretoras mais confiáveis possuem processo de compliance e não aceitam cadastros fakes ou de pessoas que demonstrem algum risco à operação.
Passo 2: Comece a comprar
Existem duas principais maneiras de comprar criptoativos no Brasil:
Com dinheiro: você pode vincular seu cartão de débito ou crédito ou conta bancária, ou comprar criptomoedas diretamente de outros usuários com a operação P2P (peer-to-peer).
O sistema P2P consiste basicamente em transacionar um valor/documento entre dois pontos, sem a necessidade de um intermediário. De todo modo, o mais importante é que ambos os usuários tenham a segurança de que receberão aquilo que foi acordado, seja a criptomoeda ou o dinheiro fiduciário (Real, no caso do Brasil).
Após a compra, o ambiente possibilitará a venda para outro usuário da mesma forma como funciona no mercado de ações tradicional. Uma dica: antes de investir seu dinheiro ou comprar criptoativos, estude o mercado e verifique se o seu perfil é de investidor moderado ou arrojado e nunca esqueça de preservar sua reserva financeira.