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25 de abril de 2024 01:15

‘Custo Bolsonaro’: Entenda por que recuo do presidente deu ‘grande alívio’ aos investidores e levou a Bolsa a fechar em alta

‘Custo Bolsonaro’: Entenda por que recuo do presidente deu ‘grande alívio’ aos investidores e levou a Bolsa a fechar em alta

Dólar comercial caiu quase 2% nesta quinta-feira, cotado a R$ 5,22

Por Vitor da Costa e Stephanie Tondo
Para O Globo – Rio

Após operar em queda durante quase todo o dia, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, disparou nos momentos finais do pregão e fechou em alta. O motivo? O tom conciliador de uma nota do presidente Jair Bolsonaro costurada pelo ex-presidente Michel Temer.

O Ibovespa fechou em alta de 1,72%, aos 115.360 pontos nesta quinta-feira, depois de ter amargado perdas de 3,78% no dia anterior, na pior queda em um pregão desde março, com o mercado repercutindo negativamente as falas do presidente durante as manifestações de Sete de Setembro.

O movimento ocorreu depois queBolsonaro divulgou uma “declaração à nação” dizendo que nunca teve “a intenção de agredir quaisquer Poderes”.

O dólar, por sua vez, caiu 1,96% no final do pregão, cotado a R$ 5,2233. Ávidos por algum gesto que reduzisse a incerteza gerada pela crise institucional, que cobra um preço alto dos papéis e já é chamado de “Custo Bolsonaro”, os investidores reagiram positivamente ao gesto do presidente, ainda que tenha desagradado seus seguidores.

‘Grande alívio’

Para o economista-chefe da Órama, Alexandre Espirito Santo, a nota divulgada pela Presidência trouxe “um grande alívio” para os investidores. No entanto, é preciso avaliar quais serão os desdobramentos dessa mudança de posicionamento do governo.

— Como a carta foi intermediada pelo ex-presidente Michel Temer, pode ser que esteja ocorrendo um esforço do mundo político para jogar água gelada nessa fervura, o que seria muito bom — avalia.

Rafael Antunes, sócio da Inove Investimentos, aponta que o ritmo acelerado de alta após a divulgação da carta de Bolsonaro ocorreu porque o mercado não esperava por esse tipo de posição.

— Estava fora do radar, então a reação do mercado foi na hora — disse ele, ponderando que será preciso que o governo federal mantenha o tom mais ameno para que sejam aprovadas as pautas fiscais, como a PEC dos precatórios.

Para Antunes, o reposicionamento de Bolsonaro veio em boa hora, num momento em que o mercado já começava a “reprecificar” o país.

— O mercado estava reprecificando juros, dólar, que bate em target para ações, é um ciclo vicioso. E esse posicionamento foi importante para quebrar esse ciclo ruim de ajustes negativos.

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