Por Sérgio Tahuata, SP
Para Valor Econômico – Finanças
O mercado de capitais brasileiro viveu um ano histórico em 2021. Foram captados pelas empresas no país R$ 596 bilhões entre emissões de renda variável, fixa e instrumentos híbridos, volume 60% superior ao visto no ano anterior e maior da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
No exterior as companhias captaram mais US$ 24,8 bilhões, resultado 4,7% menor, mas ainda assim muito próximo do obtido em 2020. Com as operações fora do Brasil, as empresas conseguiram recursos no mercado de capitais local e internacional da ordem de R$ 734 bilhões no ano passado.
Segundo a entidade, outros recordes foram batidos no ano passado. Na renda variável, as companhias emitiram R$ 128,1 bilhões, que só não foi maior do que o resultado nominal de 2010, de R$ 150,3 bilhões. No entanto, o número de 11 anos atrás seria bem menor se não fosse a mega capitalização da Petrobras que levantou sozinha R$ 120,3 bilhões naquele ano.
Na renda fixa e instrumentos híbridos, as empresas captaram R$ 467,9 bilhões em 2021.
Trata-se de outro recorde. O mercado de debêntures sozinho atingiu um volume de emissões de R$ 253,4 bilhões, mais que o dobro de 2020.