Por Alex Ribeiro e Estevão Taiar
Para Valor Econômico – São Paulo
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 2% em setembro, para R$ 4,429 trilhões, conforme divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, houve alta de 16%. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária, o estoque de operações foi para 52,9%, frente a 52,4% em agosto. Em setembro de 2020, o saldo era de 51,8%. O saldo total do crédito livre subiu 2,4% em setembro, chegando a R$ 2,599 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 1,5%, para R$ 1,830 trilhões. O saldo total de crédito para as famílias aumentou 1,9% no mês, chegando a R$ 2,535 trilhões. Para as empresas, houve alta de 2,3%, para R$ 1,894 trilhões.
As projeções mais recentes do BC para o crescimento do crédito em 2021 são: 12,6% para o total; 15,7% para o livre; 8,3% para o direcionado; 16,2% para pessoas físicas; 8% para pessoas jurídicas. O BC mostrou ainda que o sistema financeiro concedeu em setembro 2,9% a mais em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com agosto. O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve alta de 7,8%.
As concessões para clientes corporativos subiram 9,8% contra o mês anterior, somando R$ 214,3 bilhões. Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 230,8 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, queda de 2,7% em relação a agosto. Já as concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, subiram 3,2%. As operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, tiveram elevação de 1,3%.