Durante os dias 10, 11 e 12, aconteceu em Maceió o evento Exporta Mais Brasil, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O encontrou reuniu 20 empresas brasileiras, dentre elas 13 alagoanas, para rodadas de negócios com 6 compradores estrangeiros.
Os empresários nacionais tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos para os executivos da Polônia, China, Malásia, África do Sul, Índia e Canadá, fomentando a busca pela exportação dos itens de nacionalidade brasileira.
Embora o programa tenha uma atuação forte no setor de alimentos, Sérgio Ferreira, representante regional da Apex no Nordeste, revela que a região Nordeste ainda tem outros setores com forte potencial para exportação.
“Por exemplo, nós temos a Paraíba como um estado que vem capitaneando o movimento no setor moveleiro do Nordeste. Não é à toa que a primeira edição do Exporta Mais Brasil, ainda em 2023, foi realizada em João Pessoa. A Paraíba vem se destacando no segmento atraindo alguns investimentos de dentro do Brasil e com algumas empresas paraibanas já participando de ações com a ApexBrasil, como salão do móvel de Milão, dentre outros”.
Negócios internacionais: de cera de carnaúba a tecnologia de ponta
Um outro segmento citado por Ferreira com destaque no Nordeste do país é o de tecnologia, incluindo os estados de Alagoas e Pernambuco, onde já existem espaços destinados ao incentivo de empresas do setor — que por sua vez têm grandes chances de futuramente começarem a fazer negócios internacionais.
“O polo de maior destaque é o Porto Digital em Pernambuco, um parque tecnológico que já existe há bastante tempo e que tem muitas empresas lá já embarcadas. Ontem também nós estivemos com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação aqui do Estado de Alagoas no Centro de Inovação do Jaraguá, onde já há bastante empresas alagoanas também fazendo negócios com o exterior, outras super interessadas com quem conversamos e que eu vejo com bastante potencial”, ressalta o representante da Apex.
Ferreira também pontua que produtos mais tradicionais também podem angariar espaço no mercado de exportação, por meio de matérias-primas que são mais comumente (ou exclusivamente) encontradas no Nordeste.
“Eu vejo potencial com cera de carnaúba, por exemplo, que é um produto presente exclusivamente na nossa região, mais destacadamente no Piauí e um pouco do Ceará, onde tem empresas já explorando e exportando bastante, principalmente para a finalidade de polimento automotivo. Mas há várias outras aplicações industriais para a cera de carnaúba”, demonstra.
O caminho para acessar o mercado de exportações
Com tantos setores com um potencial de crescimento ainda pouco explorado para as exportações, é necessário destacar também quais os caminhos e alternativas as empresas devem buscar para aproveitarem as oportunidades no mercado exterior.
“Existem diversas ferramentas disponíveis dentro da Apex Brasil que têm em seu mandato esse trabalho de promover as exportações brasileiras, qualificar aquelas empresas iniciantes e também dar e criar as oportunidades para que elas possam acessar esse mercado”, orienta o representante.
“Então temos Exporta Mais Brasil percorrendo todo o país para dar acesso a essas empresas. Existe uma ferramenta na agência também que oportuniza um primeiro contato com potenciais compradores internacionais, dentre outras”, conclui Ferreira.
O gerente comercial da Unicafes/AL (Federação das Cooperativas de Alagoas), Paulo Jorge também enfatiza a importância de buscar os caminhos certos para adentrar no mercado exportador e encontrar soluções para empecilhos técnicos.
“Para chegar na exportação sem precisar passar por um trade ou por um broker, que são empresas e profissionais que fazem essa viabilidade de exportação, participar de eventos com esse da Apex seria a ponte para fazer isso. É através desses encontros que são uma mão na roda para gente, então mesmo se a empresa nunca fez exportação e não tem nenhum tipo de expertise sem precisar dos brokers, como eu falei, a Apex facilita isso para gente”, comenta Jorge.