Jornalismo econômico para a inovação no Nordeste -
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7 de maio de 2024 22:39

Exclusivo: Consórcio Nordeste apresenta relatório de Ciência, Tecnologia e Inovação para enfrentar desafios regionais

Exclusivo: Consórcio Nordeste apresenta relatório de Ciência, Tecnologia e Inovação para enfrentar desafios regionais

Documento elaborado por pesquisadores da região destaca estratégias e políticas públicas necessárias para impulsionar o desenvolvimento no Nordeste

A Câmara Temática de Ciência e Fomento do Consórcio Nordeste elaborou um relatório robusto, de 98 páginas, que contou com a participação de especialistas da região. O documento traz sugestões e recomendações sobre políticas públicas e estratégias para os governos do Nordeste, divididos em sete eixos.

Intitulado “Ciência, Tecnologia e Inovação para os principais desafios do Nordeste“, o documento aborda temas cruciais para o desenvolvimento regional. Dividido em sete eixos, como Energias Renováveis e Biocombustíveis, Recursos Hídricos e Pesquisas Oceânicas, Biomas, Biodiversidade e Mudanças Climáticas, Universidades, Pós-Graduação e Responsabilidade, Biotecnologia e Produção de Alimentos, Empregabilidade e Fixação de Talentos, e Tecnologias Sociais e Combate à Pobreza, busca contribuir com as discussões das conferências previstas.

Com participação de 100 especialistas, entre pesquisadores e gestores públicos, o relatório enumera sugestões e recomendações sobre políticas públicas e estratégias para os governos do Nordeste em cada um dos eixos, com o objetivo de subsidiar  a política governamental dos nove estados da região diante das Conferências regional e nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, a serem realizadas ainda neste primeiro semestre de 2024.

Fábio Guedes Gomes, coordenador da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), ressalta a importância do resgate dessas conferências, destacando a participação significativa da academia, dos secretários de Ciência e Tecnologia e das Fundações de Amparo à Ciência.

Fábio Guedes, coordenador da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste | Foto: Arquivo Pessoal
Fábio Guedes, coordenador da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste | Foto: Arquivo Pessoal

“Esses temas são de relevância para os governadores da região, e estamos já preparando uma nova discussão, dos temas que ficaram de fora nesse momento. Então, é um documento histórico, porque vai contribuir com uma parte da visão da comunidade científica e acadêmica do Nordeste para a Conferência Regional de CT&I, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Câmara Temática do Consórcio Nordeste marca um grande momento nas discussões dessas áreas na região”, comenta o gestor.

A importância da retenção de talentos e do intercâmbio com instituições externas é ressaltada através do programa de Repatriação de Talentos a ser lançado pelo Governo Federal, com um investimento de R$800 milhões, por meio do Ministério de Ciência e Tecnologia. Além disso, é ainda destacada a relevância do eixo relacionado aos Biomas, Biodiversidade e Mudanças Climáticas, com alertas sobre os desafios climáticos enfrentados pela região Nordeste e a necessidade de ação para lidar com essas questões.

A presidente do CNE e governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, reforça a relevância do relatório como resultado de um esforço coletivo, visando ser um porta-voz da comunidade acadêmica, científica e gestores de CT&I sobre os principais desafios para o Nordeste. 

A Importância da colaboração científica e acadêmica no Nordeste : O papel da Câmara Temática

Quando a Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio de Governadores do Nordeste foi constituída, um conjunto de desafios significativos foi apresentado aos seus participantes. “Um desses desafios foi corresponder às expectativas dos dirigentes do Consórcio e à necessidade de engajamento da comunidade científica e acadêmica, que reconheciam o potencial inestimável da comunidade científica e acadêmica da região para contribuir com os grandes desafios enfrentados, especialmente em um momento marcado por transformações tecnológicas lideradas pela biotecnologia e inteligência artificial”, comenta o coordenador da Câmara Temática de Ciência e Fomento ao Conhecimento do Consórcio Nordeste.

O desenvolvimento do ecossistema científico e tecnológico no Nordeste

Ao longo de duas décadas, o Nordeste testemunhou o desenvolvimento de um ecossistema robusto de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com cerca de 600 instituições de ensino superior, mais de 30% das universidades públicas federais, 9 institutos federais e mais de 1.200 programas de pós-graduação, a região consolidou uma infraestrutura admirável para pesquisa e desenvolvimento. O apoio dos governos estaduais foi fundamental para fortalecer instituições como as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Fap’s) e secretarias estaduais de CT&I.

No entanto, “alguns aspectos precisam ser melhorados, como ampliar a qualificação do sistema de pós-graduação e fixar mais mestres e doutores na região”, ressalta Fábio Guedes. Isso demanda estratégias que devem ser integradas a uma plataforma mais ampla de interesses para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste.

Soluções inovadoras são propostas no documento, confira abaixo:

  • A atualização do Marco Legal para a contratação de Startups e os programas Centelha e Tecnova têm proporcionado o fomento a um número significativo de startups no Nordeste, com mais de 100 delas desenvolvendo projetos voltados para o combate à pobreza e à fome. A disponibilidade dessas soluções inovadoras representa uma oportunidade única para enfrentar desafios socioeconômicos na região.
  • Projetos como os Laboratórios Vivos, liderados pela Universidade Estadual da Paraíba, e iniciativas de fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) têm desempenhado um papel crucial no enfrentamento de problemas como insegurança hídrica, insegurança alimentar e doenças transmitidas por vetores. Essas iniciativas destacam a importância da integração entre instituições de ensino, pesquisa e comunidades locais na busca por soluções sustentáveis. 
  • O uso de Big Data Social para monitoramento e análise de dados tem se mostrado uma ferramenta poderosa para gestores públicos no combate à pobreza e desigualdade. Além disso, programas de educação inclusiva, como o letramento digital e projetos de ensino de matemática adaptados à diversidade, têm contribuído para promover a inclusão digital e o acesso igualitário à educação. 
  • Iniciativas de economia solidária e finanças comunitárias têm se destacado como estratégias eficazes para promover o desenvolvimento local e combater a exclusão financeira. A criação de políticas públicas voltadas para o apoio e fortalecimento dessas iniciativas pode contribuir significativamente para a redução da desigualdade e promoção da inclusão socioeconômica na região.
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