Por Diego Barros e Laura Pedrosa
Para Investindo Por Aí
Entre os dias 25 e 26 de maio a Origem Energia promoveu o “Workshop de Geração Termelétrica”, no auditório da Casa da Indústria, em Maceió, com o propósito de fomentar um amplo debate sobre a geração termelétrica a gás com a sociedade, órgãos ambientais e a indústria, além de comentar sobre os projetos energéticos da empresa. A exemplo do primeiro dia, o encerramento se deu com palestras proferidas por técnicos executivos da companhia pela manhã e tarde, culminando com uma mesa redonda que contou com a participação ativa dos presentes e também daqueles que acompanharam o encontro on-line.
O engenheiro químico, pesquisador e consultor técnico externo da empresa, Eduardo Canha, abriu o segundo dia do evento com uma palestra clara e didática, em que explicou o ciclo dos poluentes na atmosfera e seus impactos diante da conjuntura do cenário alagoano. Após a sua explanação, Eduardo conversou com o Investindo Por Aí e destacou a importância da difusão do conhecimento para a sociedade e para o setor. “O conhecimento tem que ser entregue de forma clara à comunidade, seja ela científica ou não. Somos todos sociedade e temos que crescer juntos, não podemos ficar isolados enquanto indústria, precisamos trazer o cidadão para nos conhecer, ver em que estamos trabalhando. É fantástico! Acho que devemos ter mais workshops como esse com a ideia de propagar conhecimento e promover o debate”, enfatizou.
A respeito dos resultados exitosos da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Polo Alagoas, e das condições naturais do território, Canha ressaltou que a região tem uma capacidade de produção enorme e que antes não contava com investimentos por parte do antigo player. “A Origem identificou essa capacidade, a qualidade de seu produto e está investindo para aumentar, quem sabe até triplicar a capacidade atual de produção. Aqui há um excelente gás, o meio ambiente é muito bom e o clima é incrível, com grande potencial de crescimento. E o mais importante: viabiliza o desenvolvimento sustentável de Alagoas, diferente de outros centros industriais do País que crescem, continuam crescendo ou que cresceram desordenadamente, sufocando os habitantes. Queremos evoluir de maneira boa, saudável, salutar”, afirma.
À tarde foi a vez do mestre em meteorologia, ciências ambientais e espaciais, Domingos Nicolli, fazer um diagnóstico climático de Maceió com base nas normas climatológicas e massas de ar no Brasil. Em sua palestra, explicou o processo de modelagem da dispersão de poluentes atmosféricos e seus impactos ambientais. Nicolli destaca porque o modelo de termelétrica de turbina a gás causa menos impactos ambientais. “Estamos falando de um modelo de transição energética. Meu propósito foi explicar o que acontece acima das nossas cabeças, com a radiação e os componentes do ar, como o efeito estufa. O modelo de dispersão de turbina a gás não altera em quase nada a qualidade do ar para a sociedade, visto que os poluentes são rapidamente transformados pela atmosfera, radiação e interação química com outros gases.”, disse.
Ao final do evento, uma mesa redonda foi formada com os dois palestrantes do dia, acompanhados do diretor de geração da Origem Energia, Paulo Petrassi, e do pesquisador e pós-doutorando em engenharia mecânica, André Martelli. O momento oportunizou aos presentes e ao público virtual fazer perguntas para o melhor entendimento do funcionamento de termelétricas e seus impactos. Ao esclarecer as dúvidas, os debatedores enfatizaram a preocupação com o meio ambiente e fizeram um balanço dos assuntos discutidos ao longo do encontro.
“Os temas abordados foram muito pertinentes. Nosso propósito foi abrir uma discussão qualificada e transparente, com a ideia de trazer lucidez. Houve uma troca, onde nós também recebemos muito conhecimento. Estamos falando de geração termelétrica, que é necessária para a ampliação da geração de energia renovável, cujo conjunto de características exige uma fonte garantidora de sua intermitência. Esse equilíbrio é importante, uma vez que são temas complementares”, conclui o diretor de relações institucionais e governamentais da Origem Energia, Marco Túlio Rodrigues.