Nos primeiros 8 meses do ano, o Piauí atingiu uma marca histórica em suas exportações. O estado vendeu para o exterior produtos que atingiram o valor de 1,06 bilhão de dólares, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Faltando ainda quatro meses para terminar 2022, as negociações piauienses já superam em cerca de 150 milhões de dólares a quantia vendida em todo o ano passado, quando chegou a US$ 854 milhões.
O principal destaque da pauta de exportações é a soja. 84% das vendas foram do produto in natura e inclui-se na balança derivados da oleaginosa como o farelo e o óleo. A variação positiva entre os 8 meses de 2021 e os mesmo período de 2022 chega a 399 milhões de dólares. O crescimento se deve ao aumento da produção, mas também à valorização da soja no mercado e a recuperação da moeda brasileira.
A expectativa do superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Tiago Patrício, é que o Piauí mantenha esse crescimento substantivo para os próximos anos. “Nosso principal mercado é a China. E a China nem vai parar de comprar soja, que é nosso principal produto, e o Brasil não vai diminuir a produção. Muito pelo contrário, aumentou-se a produção, a soja está muito valorizada e, mesmo que haja uma baixa, o Brasil vai continuar aumentando a produção”, explicou o superintendente.
Outro produto que merece destaque na pauta de exportações piauiense é o mel. O estado tornou-se o produtor brasileiro mais relevante do alimento e responsável por um terço das vendas feitas ao exterior. Isso aconteceu em um cenário em que o Piauí precisou superar dificuldades na apicultura, mas mostrou mais resiliência do que estados como Paraná e Santa Catarina.
Os números também apontam para um resultado positivo significativo da balança comercial piauiense. Além do crescimento das exportações, houve uma queda nas importações. Em 2021, a balança teve um superávit de 336 milhões dólares, já nos primeiros 8 meses de 2022, o resultado positivo atingiu 936 milhões de dólares.