A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou, em agosto, o repasse de R$ 1,6 milhão para três projetos de pesquisa ligados ao InovaPalma, programa voltado ao fortalecimento da cadeia produtiva da palma forrageira no semiárido brasileiro. Os recursos serão aplicados em estudos que buscam expandir áreas de cultivo da planta e avaliar seu uso como alternativa na alimentação de suínos e ruminantes.
As iniciativas contam com a participação do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). De acordo com o engenheiro agrônomo da Sudene e coordenador do programa, Aildo Sabino, o objetivo é ampliar a segurança para os produtores, abrir novos mercados e gerar novas fontes de renda na região. “A produção de farelo de palma pode se tornar uma commodity vegetal estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do semiárido”, afirma.
Entre os projetos, destaca-se o de expansão das áreas de cultivo de palma, com orçamento total de R$ 2,11 milhões e execução prevista em 41 meses. A primeira parcela, de R$ 1,06 milhão, já foi liberada. O plano inclui a instalação de 15 campos de palma forrageira, a qualificação de produtores para atuarem como multiplicadores, a distribuição de 18 milhões de cladódios-semente durante a vigência do projeto e a capacitação de agricultores em diversos estados do semiárido.
Outro convênio, intitulado “Palma como alternativa alimentar para suínos no Nordeste Brasileiro”, terá investimento de aproximadamente R$ 892 mil. A primeira parcela, de R$ 545 mil, já foi repassada. O estudo prevê a revisão da literatura científica, a análise de diferentes genótipos de palma e a elaboração de um manual com recomendações práticas para uso da planta na dieta de suínos em todas as fases de produção.
Além disso, a Sudene destinou cerca de R$ 56 mil a um convênio com a UFRPE, em parceria com a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe), para pesquisas relacionadas à alimentação de ruminantes.
Os três projetos fazem parte do Programa InovaPalma, que conta com orçamento de R$ 7,5 milhões provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A meta é fortalecer a cadeia produtiva da palma forrageira em 11 estados, ampliando sua importância como alternativa de baixo custo, sustentável e adaptada às condições climáticas do semiárido brasileiro.