Por G1
A Bahia teve uma das apurações mais acirradas do país. Uma disputa voto a voto. Até as 22h de domingo (2), pouco mais de 90% das urnas haviam sido apuradas, mas ainda não era possível dizer se haveria ou não segundo turno na Bahia.
A confirmação só veio às 23h24, com 99,08% das urnas apuradas, e quando matematicamente já não havia mais chance de definição em primeiro turno. A votação apertada de domingo marca também a volta do segundo turno na Bahia, depois de 28 anos.
Na disputa, o candidato Jerônimo Rodrigues, do PT, ficou com 49,33% dos votos válidos, e ACM Neto, do União Brasil, com 40,88% dos votos. Jerônimo tem 57 anos, é engenheiro agrônomo e professor licenciado da Universidade Estadual de Feira de Santana. Foi secretário Estadual do Desenvolvimento Rural e da Educação nos governos de Rui Costa.
ACM Neto, é formado em Direito, tem 43 anos. Foi deputado federal por três mandados e prefeito de Salvador por duas vezes. Hoje é secretário-geral do União Brasil, partido que ajudou a fundar.
Eleição em Pernambuco é marcada por vitória das mulheres
Em Pernambuco, a decisão também ficou para o 2º turno, e uma mulher vai se tornar a primeira governadora da história do estado.
Mais de 53% dos eleitores de Pernambuco são mulheres. Apesar da superioridade numérica, elas demoraram a ocupar espaços políticos; 2022 vai ser lembrado como um marco.
A vitória das mulheres foi bastante expressiva nestas eleições em Pernambuco. A bancada no Congresso Nacional vai contar com três deputadas federais. Atualmente, só tem uma mulher entre os 25 deputados.
Pela primeira vez, os pernambucanos elegeram uma senadora, e no dia 30 de outubro, os eleitores vão escolher entre duas mulheres a primeira governadora da história de Pernambuco.
A disputa será entre Marília Arraes, do Solidariedade. Advogada, deputada federal, 38 anos, grávida de 5 meses, da terceira filha, Marília Arraes segue na maratona para conquistar novos eleitores.
E Raquel Lyra, do PSDB, 43 anos, advogada, ex-prefeita de Caruaru por dois mandatos.
O marido de Raquel Lyra, o empresário Fernando Lucena, morreu neste domingo (2) de um infarto fulminante. O PSDB, partido dela, indicou Priscila Krause, candidata a vice da chapa, para assumir o comando da campanha temporariamente.
Ainda na Região Nordeste, em mais três estados a disputa foi para o segundo turno.
Em Alagoas, o atual governador, Paulo Dantas, do MDB, teve 46,64% dos votos e vai concorrer com o senador Rodrigo Cunha, do União Brasil, escolhido por 26,79% dos eleitores.
Na Paraíba, os eleitores vão decidir, no segundo turno, entre o governador João Azevedo, do PSB, que tenta a reeleição e recebeu 39,65% dos votos e o deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB, que teve 23,90% dos votos.
Em Sergipe, a disputa pelo segundo turno ficou entre o médico e senador Rogério Carvalho, do PT, que recebeu 44,70% dos votos, e o administrador e deputado federal Fábio Mitidieri, do PSD, que ficou com 38,91% dos votos.
“E agora é unir todo mundo e centrar forças para o segundo turno”, disse Mitidieri.
“Trazer de volta o emprego, a renda. Trazer de volta a prosperidade”, afirmou Rogério Carvalho.
Quatro estados nordestinos elegeram ou reelegeram os governadores já no primeiro turno, todos com o apoio do candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva. No Ceará, Elmano de Freitas, do PT, que disputou o governo pela primeira vez, saiu do terceiro lugar nas pesquisas para vencer, na reta final da campanha, com 54% dos votos. Elmano tem 52 anos, é advogado, e estava no segundo mandato como deputado estadual.
No Piauí, a vitória também foi do candidato do PT, disputando o governo pela primeira vez: Rafael Fonteles, de 37 anos, teve 57,17% cento dos votos. Ele foi secretário estadual da Fazenda, é formado em matemática e mestre em economia.
“É a volta da fome, a volta da miséria, inflação elevada, e portanto é um desafio de todos os Poderes contribuir para amenizar o sofrimento do povo”, disse.
O PT reelegeu a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, com 58,31% dos votos, a maior votação para o cargo na história do estado.
No Maranhão, Carlos Brandão, do PSB, foi reeleito governador com 51,29% dos votos.