O primeiro trimestre de 2024 trouxe desenvolvimentos significativos para a economia do Nordeste, segundo o informe macroeconômico do Banco do Nordeste (BNB) divulgado nessa segunda-feira(5). O relatório analisa o desempenho da região em diversos setores, destacando avanços e desafios. Entre os principais pontos estão o crescimento industrial, a balança comercial, o desempenho fiscal do Governo Federal e as variações nos preços da cesta básica no Nordeste.
Indústria cresce em 6 dos 7 Estados da área de atuação do BNB
De acordo com o informe macroeconômico do Banco do Nordeste (BNB), a indústria nacional registrou um crescimento significativo no primeiro trimestre de 2024, com avanços em 16 dos 18 locais pesquisados pelo IBGE. Na área de atuação do BNB, que abrange 7 estados, o Rio Grande do Norte se destacou com um crescimento de 24,1%, o melhor desempenho do país. Outros estados do Nordeste com crescimento foram Ceará (6,0%), Bahia (3,3%) e Maranhão (0,5%). Pernambuco foi o único estado com desempenho abaixo da média regional (0,4%), apresentando uma leve queda de 0,1%.
Saldo positivo na balança comercial de diversos estados do Nordeste
O informe do BNB ainda revela que, no primeiro quadrimestre de 2024, cinco estados da sua área de atuação registraram saldo positivo na balança comercial. O Maranhão liderou com um saldo de US$306,5 milhões, seguido por Piauí (US$186,1 milhões), Bahia (US$176,7 milhões), Rio Grande do Norte (US$157,1 milhões) e Alagoas (US$111,2 milhões). Em contrapartida, estados como Pernambuco (-US$1.666,1 milhões), Ceará (-US$557,2 milhões), Paraíba (-US$168,8 milhões) e Sergipe (-US$9,6 milhões) enfrentaram déficits comerciais significativos.
Desempenho fiscal do Governo Federal
O informe macroeconômico do BNB também analisou o desempenho fiscal do Governo Federal, que alcançou um superávit de R$19,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Esse valor é inferior ao superávit de R$31,2 bilhões no mesmo período de 2023, devido principalmente à antecipação do pagamento de R$30 bilhões em precatórios. Sem essa antecipação, o superávit poderia ter atingido R$50 bilhões, refletindo uma saúde fiscal mais robusta.
Aumento na cesta básica do Nordeste
Segundo o informe do BNB, a cesta básica no Nordeste teve uma variação de 5,2% em março de 2024. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo preço do tomate, que subiu 31,3%, impactando a cesta básica em 5,7 pontos percentuais. A banana também contribuiu para o aumento, com uma variação de 5,3% e impacto de 0,3 pontos percentuais. O tomate variou entre 21,6% em Aracaju e 44,2% em Fortaleza. Em contrapartida, o feijão e a carne apresentaram quedas de 2,6% e 0,3%, respectivamente, aliviando parcialmente a pressão sobre a cesta básica.