Por Redação
Para Tribuna do Norte
O Rio Grande do Norte fechou o mês de março e o primeiro trimestre deste ano com saldo negativo na criação de empregos formais. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que 1.069 postos de trabalho foram eliminados em solo potiguar no terceiro mês do ano. O acumulado em 2022 também segue a mesma tendência, com saldo negativo de 2.157 empregos. Os números foram divulgados na última sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O indicador é resultado da diferença entre 14.501 admissões e 15.570 desligamentos, sendo o segundo mês que o estado fecha no negativo este ano, além de janeiro. Para efeito de comparação, o cenário é pior do que no mesmo período do ano passado, quando, mesmo em meio ao que foi considerado o ápice da pandemia da Covid-19, o estado conseguiu fechar o terceiro mês de 2021 com saldo positivo de 1.218 empregos formais (16.701 contratações e 15.483 desligamentos). Entre os estados do Nordeste, além do RN, apenas Pernambuco, Sergipe e Alagoas registraram saldos negativos.
O patamar negativo se deu, em grande parte, pelo desempenho do trabalho na agropecuária. O número de desligamentos na área (2.371) foi dez vezes maior do que de contratações (225), o que acarretou num saldo negativo de 2.146 postos de trabalho a menos somente no setor. O quadro no agro potiguar repete-se como uma tendência nacional, com o cenário negativo sendo registrado nas cinco regiões do país.