A divulgação hoje do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesquisado pelo IBGE, indica um conjunto de comparações positivas na leitura dos analistas. O IPCA de 0,71%, registrado em março, ficou aquém do índice de fevereiro, de 0,84%. O índice também ficou abaixo do que havia sido registrado em março de 2022, de 1,62%. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador de inflação de 4,54% foi o mais baixo registrado em pouco mais de dois anos. Mas, quando se avalia a inflação em 2023 (portanto, no primeiro trimestre), os preços registrados nas regiões metropolitanas de Salvador (BA) e Aracaju (SE) superaram a média nacional, que foi de 2,09. Na capital baiana, o IPCA acumulado de janeiro a março chegou a 2,35%, enquanto em Aracaju, registrou 2,23% na alta de preços. Nas demais capitais nordestinas acompanhadas pelo IBGE, o IPCA manteve-se aquém da média nacional: Fortaleza (CE) registrou 1,96%; Recife (PE), 1,65%; e São Luis (MA), 1,38%. Em todo o País, a alta de preços seguiu pressionada pelo preço da gasolina, que ficou 8,33% mais cara em março de 2023, respondendo por 0,39 p.p do IPCA do mês. O etanol também subiu, mas de forma menos expressiva (3,2%).
Já alguns alimentos carregaram muito o peso da alimentação, com cenoura e manga registrando uma alta de quase 30%. De todos os itens cujos preços são acompanhados pelo IBGE, 60% tiveram ajustes – um percentual menor do que em fevereiro, de 65%. Um ponto fora dessa curva foi Recife, que registrou praticamente uma estagnação no preço dos alimentos em março (com leve viés de baixa, de -0,01%). Em todas as capitais do Nordeste, o item que mais pesou na inflação do mês foi o de transportes, que pressionou especialmente os preços em São Luis. Na capital maranhense, o transporte (também impactado pelos combustíveis) ficou 3,13% mais caro. Recife (PE) registrou a segunda maior alta nesse quesito no Nordeste: de 2,12%. Outros destaques para o IPCA de março especificamente para Nordeste se devem ao aumento registrado de 1,01% no item “comunicação”, em São Luis (MA), e de 0,87% no item “saúde” em Aracaju (SE).