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17 de maio de 2024 19:43

Suape na mira de investimentos da Comissão Europeia

Suape na mira de investimentos da Comissão Europeia

Porto deve ficar com parte considerável desses recursos por, entre outras razões, localização em relação à Europa

Os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) podem entrar na rota de investimentos estrangeiros para a produção de hidrogênio verde (H2V). A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, que esteve no Brasil esta semana, anunciou um investimento de até R$ 10,5 bilhões em parcerias com hidrogênio verde no Brasil. Se os investimentos previstos vingarem, Suape deve ficar com parte considerável desses recursos por, entre outras razões, a localização em relação à Europa e os investimentos que já vem fazendo no H2V.

Foto: Divulgação/ Porto de Suape

Para incluir os dois portos na cooperação internacional sobre o tema, o senador Fernando Dueire (MDB-PE), membro da Comissão Especial do Hidrogênio Verde do Senado, definiu uma agenda de trabalho conjunta com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com quem se reuniu nesta semana.

“Unir os investimentos da Comunidade Europeia com o trabalho que fazemos na comissão para regulamentar e incentivar a produção dessa energia no País vai ser determinante para o setor”, explicou Dueire. O senador já tem audiência com o secretário de Energia, Clima e Meio Ambiente do Ministério, André Corrêa do Lago, quando pretende trabalhar as potencialidades dos portos do Nordeste na área de produção de energia limpa.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, pasta a qual o Porto de Suape é vinculado, não sabe ainda como será a aplicação dos recursos da CE. Adianta, no entanto, que Pernambuco foi pioneiro no que diz respeito ao foco na pesquisa e desenvolvimento do H2V. “As escolhas que estamos fazendo vão incluir, também, o compromisso e a atração de empregos mais adiante. O que a gente está fazendo hoje é focado na P&D e na formação de capital humano”, acrescentou.

Para o secretário, em função disso, é natural que, pela capacidade que se está montando no Porto e pela tradição da academia, Pernambuco receba boa parte dos recursos. “Os estados do Sul e Sudeste, diz ele, devem focar na produção de hidrogênio verde para atender a demanda interna. “O Nordeste, muito antes de outras regiões, faz uma universalização de tornar nosso verde um verde limpo. Naturalmente, Suape e Pecém seriam os portos de exportação à Europa”, pontuou.

O Brasil é o terceiro país que mais produz energia renovável no mundo, perdendo apenas para os EUA e a China. Isso explica o interesse do bloco, que tem como meta importar anualmente 10 milhões de toneladas de hidrogênio renovável até 2030 e, para isso, busca um parceiro confiável para um compromisso de longo prazo. O Nordeste concentra a maior movimentação em torno do H2V. A região quer se posicionar como um polo produtor devido ao alto potencial para geração de energia solar e eólica.

“O Brasil tem tudo para ser a bola da vez no processo de transição energética que vive o mundo. É rico em recursos naturais, tem pioneirismo em energia limpa e excelência na formação técnicos em academias espalhadas em diferentes capitais do país”, esclareceu Dueire.

Segundo o parlamentar, a boa infraestrutura em portos vocacionados para plataformas de exportação de hidrogênio verde, como Suape e Pecém, pode e deve ser considerada nesse momento de definição dos investimentos e da cooperação com a União Europeia no setor.

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